segunda-feira, 15 de abril de 2013

AS COMUNIDADES RECOLECTORAS

As primeiras comunidades recolectoras
Desde há muitos milhares de anos que o Homem habita a Península Ibérica. Vieram de África através do estreito de Gibraltar.
Esses primeiros homens viviam em pequenos grupos; tiveram de ser muito hábeis e só o esforço de todos lhes permitia vencer as dificuldades: o frio era intenso, a neve era muita, dependiam totalmente do que a Natureza lhes dava porque as suas técnicas eram muito primitivas.
Eram recolectores, isto é, viviam apenas do que recolhiam através da pesca, da caça, da apanha de frutos, raízes, folhas.


O Homem...
... protegia-se do frio... construindo refúgios e vivendo em cavernas; vestindo-se de peles dos animais que caçava;
... fabricava instrumentos... de madeira, pedra, osso;
... dominava o fogo... para se aquecer, cozinhar os alimentos, iluminar as cavernas, afugentar os animais ferozes;
... era nómada..., isto é, deslocava-se permanentemente em grupo, procurando os locais onde viviam os animais que caçavam;
... era artista e mágico... fazendo pinturas e gravuras nas paredes das cavernas ou nas rochas - arte rupestre.
Ainda hoje é um mistério o seu significado mas, possivelmente, faziam-no para trazer sorte às caçadas e abundância de alimentos.


Para saberes mais:
Jogos para aprenderes História:

A SITUAÇÃO GEOGRÁFICA DA PENÍNSULA IBÉRICA

SITUAÇÃO GEOGRÁFICA DA PENÍNSULA IBÉRICA

A Península Ibérica situa-se no Hemisfério Norte, no extremo sudoeste do continente europeu.
É uma península porque está rodeada de água por todos os lados menos por um - o istmo (os Pirenéus).
Tem uma longa linha de costa mas pouco recortada.
Os seus limites naturais são:
o Oceano Atlântico - a norte, oeste e sul;
o Mar Mediterrâneo - a sul e a este;
os Pirenéus - a nordeste, que constituem o seu istmo.
A sul aproxima-se de África através do estreito de Gibraltar.
Nela se situa o ponto mais ocidental de toda a Europa: o Cabo da Roca, em Portugal.
Devido a esta localização geográfica muito favorável e ao seu clima temperado, a Península Ibérica foi desde sempre um local de passagem e fixação de vários povos.

As formas de relevo...

A - Montanha - formas de relevo muito elevadas.
B e E - Planalto - terrenos quase planos a grande ou média altitude (entre 200 a 1000 metros)
C - Encosta ou Vertente - direcção da inclinação do relevo.
D - Vale - zona baixa, alongada entre montanhas.
F - Planície - áreas planas e a baixa altitude (inferior a 200 metros).

O RELEVO DA PENÍNSULA IBÉRICA
A Península Ibérica apresenta diversas formas de relevo:

montanhas, isto é, grandes elevações de terreno geralmente cortadas por vales profundos; as principais são: Pirenéus; Montes Cantábricos, Montes Ibéricos, Cordilheira Central e Cordilheira Bética;

planaltos, isto é, grandes extensões de terreno plano a grande ou média altitude; o principal é o Planalto Central;
planícies, isto é, grandes extensões de terreno plano de baixa altitude; as principais situam-se na costa e nos vales dos grandes rios: Tejo, Douro, Guadiana, Guadalquivir, Júcar e Ebro.

Os rios

Nascente - onde nasce o rio.
Foz - onde desagua o rio, no mar.
Margem esquerda - de costas para a nascente, encontra-se do nosso lado esquerdo.
Margem direita - de costas para a nascente, encontra-se do nosso lado direito.
Leito - onde corre o rio.
Caudal - quantidade de água do rio.
Rede hidrográfica - conjunto do rio e seus afluentes.
Bacia hidrográfica - zona ocupada pelo rio e seus afluentes.

OS RIOS DA PENÍNSULA IBÉRICA
Os principais rios da Península Ibérica são os rios Douro, Tejo, Guadiana, Guadalquivir, Ebro e Júcar.
Devido à inclinação do relevo, isto é, as vertentes, uns desaguam no Atlântico e outros no Mediterrâneo.
Os rios Douro, Tejo, Guadiana e Guadalquivir desaguam no Oceano Atlântico, isto é, pertencem à vertente atlântica.
Os rios Ebro e Júcar desaguam no Mar Mediterrâneo, isto é, pertencem à vertente mediterrânica.

Resolve os exercícios:

Jogos:

O Planeta Terra

O Planeta Terra


A Terra e o sistema solar

A Terra é o 5º maior planeta do sistema solar e o terceiro a partir do Sol.
Tem forma esférica, ligeiramente achatada nos pólos. Vista do espaço tem uma cor azulada devido à enorme massa de água que a cobre. Tem um satélite natural, a Lua.

Também a Terra tem a sua História.
Ter-se-á formado há cerca de 4,65 biliões de anos!
Inicialmente existiria apenas um único oceano - Pantalassa - que rodearia todas as terras. Estas constituíam um único continente - a Pangeia. Mas poderosos movimentos internos, que ainda hoje ocorrem, foram provocando fracturas e mudanças de posição da superfície terrestre.
Assim, foram-se formando os continentes e oceanos tal como os conhecemos hoje (que não estão fixos, continuam a mover-se...).

Os continentes são seis e ocupam cerca de 1/4 da sua superfície: Europa, Ásia, África, América, Oceania e Antárctida.
Os Oceanos são cinco e ocupam cerca de 3/4 da sua superfície: Atlântico, Pacífico, Índico, Glaciar Árctico e Glaciar Antárctico.

COMO REPRESENTAR O NOSSO PLANETA...

Globo Terrestre
O globo terrestre é a melhor forma de representar a Terra pois tem uma forma muito semelhante a ela - é como se a olhássemos de longe.
Mas tem alguns inconvenientes: não é fácil de transportar e não mostra a superfície terrestre em pormenor.
Mapas e Planisfério

Pelo contrário, os mapas, apesar de deformarem a forma real da Terra, porque a representam de forma plana, permitem-nos localizar os diferentes locais mais em pormenor.
Ao mapa que representa toda a superfície terrestre dá-se o nome de planisfério.

São elementos integrantes de um mapa a escala e a legenda.

Para melhor estudar a superfície terrestre, dividimo-la em linhas imaginárias:
O eixo da Terra, em torno da qual faz o seu movimento de rotação, e que a intersecta nos pólos (Norte e Sul).
O Equador que divide a Terra em dois Hemisférios, o Norte e o Sul.
Os Trópicos de Câncer e de Capricórnio, linhas paralelas ao Equador, que separam as zonas temperadas da zona quente.
Os Círculos Polares Árctico e Antárctico, também paralelos ao Equador, que separam as zonas temperadas das frias.




* Os Meridianos são linhas perpendiculares ao Equador.
* Os fusos horários são estabelecidos com base neles.
* Em Portugal regulamo-nos pelo Meridiano de Greenwich.


A Rosa-dos-Ventos é um esquema em forma de estrela que representa as diferentes direcções dos pontos cardeais e dos pontos colaterais. Todos os mapas devem conter, pelo menos, a indicação de Norte.
(A direcção O - Oeste - pode vir indicada com W, do inglês West.)

Antigos mapas portugueses tinham a indicação de Este ou Oriente mais destacada devido ao domínio português nessa zona.

Em orientação, um dos aparelhos mais usados é a Bússola.
A sua agulha, por magnetismo, indica sempre o Norte (magnético).

Resolve os exercícios:




http://www.deemo.com.pt/exercicios/hg/5/hgp5_carnatpenib.htm

PLANIFICAÇÃO ANUAL DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL

Aos alunos de História do 5º ano – turmas A e B
Este ano irão estudar os seguintes temas:
ANO LECTIVO DE 2009/2010
PLANIFICAÇÃO ANUAL DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL
5º ANO
1º Período
2º Período
3º Período
Tema A – A Península Ibérica – Dos primeiros povos à formação de Portugal (século XII)
Tema A – A Península Ibérica – Dos primeiros povos à formação de Portugal (século XII)

Tema B - Do século XIII à União Ibérica e Restauração (século XVII)
A.1-Ambiente natural e primeiros povos
Ambiente natural da PI:
- A Península Ibérica – lugar de
passagem e fixação:
- Ambiente natural e primeiros
Povos;
- A Península Ibérica
Na Europa e no Mundo;
- Características naturais da
península Ibérica;
- Os recursos naturais e a fixação
Humana;

A.2- Os Romanos na Península Ibérica

- Os Romanos na Península
Ibérica
– resistência e Romanização:
- A conquista romana e a resistência dos povos ibéricos;
- A Península Ibérica romanizada.



A.3- Os Muçulmanos na Península Ibérica
- Os Muçulmanos na Península Ibérica
– convivência e confronto:
- A ocupação muçulmana;
- Cristãos e muçulmanos no
período da Reconquista;
- A herança muçulmana

A.4- A Formação do Reino de Portugal

- O Reino de Portugal e do
Algarve:
- Dimensão e fronteiras;
- Traços morfológicos dos
principais rios;
- Clima e vegetação natural;
- Recursos naturais;

D. Afonso Henriques e a luta
pela Independência:
- Em busca de autonomia;
- A conquista da linha do Tejo;
- O reconhecimento do Reino.
B.1- Portugal no séc. XIII
- A vida quotidiana nas terras
Senhoriais, mosteiros, concelhos e corte;

B.2- A Revolução de 1383-85
A morte de D. Fernando e o problema da sucessão:- As movimentações populares e os grupos em confronto;
- A resistência à Invasão Castelhana;
- A consolidação da Independência.


B.3- Portugal nos séc. XV e XVI
De Portugal às Ilhas Atlânticas e ao Cabo da Boa Esperança:- A chegada à Índia e ao Brasil;
- O Império Português no Séc.XVI;
Arquipélagos da Madeira e dos
Açores:
- Clima e vegetação natural;
- Recursos naturais;
- Colonização e actividade
económicas.
Territórios na África, Ásia e
América:
- Recursos naturais e
actividades económicas;
- Diversidade étnica e cultural
das populações;
- Colonos, mercadores e missionários.
A vida urbana no Séc. XVI –
Lisboa quinhentista:
- O crescimento da cidade;
- O Porto de Lisboa e o comércio;
-A corte e a cultura.

A PREPARAÇÃO DE UM NOVO ANO LECTIVO

COMO ESTUDAR HISTÓRIA?

AOS MEUS ALUNOS
Fiquei hoje a saber que leccionarei as turmas:
5ºA
5ºB
6ºA
6ºB
9ºB
Se são alunos destas turmas e são leitores deste blogue
DEVEM SEGUIR OS SEGUINTES PONTOS NO VOSSO ESTUDO:
- Deves ter o teu caderno diário sempre organizado e em dia;
- Deves rever sempre a última matéria que foi dada na última aula e verificar se há trabalho de casa;
- Reler com atenção as páginas do manual dadas na última aula;
- Sublinhar no manual os aspectos mais importantes que devem ser compreendidos e fixados;
- No caso de não compreenderes alguma matéria tomar nota para perguntar na próxima aula;
- Se quiseres saber mais dalgum aspecto pesquisa em enciclopédias e na Internet (wikipédia e sites de interesse neste blogue).

IMPORTANTE: NUNCA COMECES POR FAZER O TRABALHO DE CASA, SEM TERES ESTUDADO PRIMEIRO!
Atenção que pesquisar é:
- Aprender mais;
- Aprender de outro modo;
- Recolher informação variada (textos, gravuras, jornais, Internet);
- Escolher o que interessa, consultando o dicionário para entender a informação;
- Tentar resumir por palavras nossas essa informação;
- Dar uma opinião pessoal sobre o assunto investigado;
- Indicar as obras consultadas;
- Preocupar-se também com a apresentação do trabalho.

NÃO É:
- Copiar sem entender a informação;
- Entregar fotocópias;
- Usar o trabalho dos outros sem indicar os seus nomes;
- Preocupar-se mais com a apresentação do que com o conteúdo do trabalho;
- Pedir ao pai ou a qualquer parente que faça o trabalho;
- Despachar-se a pesquisar sem grande esforço pessoal.
Desejo a todos um bom ano lectivo!
Fonte: Isabel Malho
http://members.tripod.com/catrineta2

O DOMÍNIO SENHORIAL e OS MOSTEIROS

O DOMÍNIO SENHORIAL


O Senhorio ou Domínio Senhorial era uma vasta propriedade, constituída pela Reserva e os Mansos ou Casais de que o senhor era o proprietário. Nela, o senhor, estabelecia a lei, exercia a justiça e cobrava aos camponeses rendas, impostos e serviços (corveias).

Os camponeses podiam ser livres ou não e neste caso chamavam-se servos ou malados.
A VIDA QUOTIDIANA DO CAMPONÊS
A maioria dos camponeses vivia nos senhorios. Trabalhava muitas horas, de sol a sol, e de forma muito dura. Do que produzia, uma grande parte era entregue ao senhor, como renda. Devia ainda prestar ao senhor outros serviços, como a reparação das muralhas do castelo, e outros impostos, como os que devia pela utilização do moinho, do forno ou do lagar.
Vivia em aldeias próximo do castelo do senhor. Morava em casas pequenas, de madeira ou pedra, com chão de terra batida e telhados de colmo. Estas casas tinham apenas uma divisão.
A base da alimentação do povo era o pão e o vinho, legumes, ovos, toucinho, queijo... Peixe e carne só muito raramente, geralmente em dias de festa. O seu vestuário era simples, em tecidos grosseiros (linho, lã), fiados e tecidos em casa.
Os servos trabalhavam nas terras directamente exploradas pelo senhor (a Reserva) e não podiam mudar-se ou abandoná-las. Para serem livres tinham de comprar a sua liberdade ao senhor ou, então, fugir, normalmente para a cidade. Se fossem apanhados eram severamente castigados.

1 - Castelo do senhor
2 - Torreão feudal
3 - Reserva senhorial
4 - Moinho
5 - Floresta
6 - Aldeia
7 - Terras arrendadas
8 - Terras baldias
9 - Áreas de arroteamento

O domínio senhorial não era apenas uma vasta extensão de terras pertencente a um senhor nobre poderoso. Era um mundo fechado e que procurava ser auto-suficiente produzindo o que era necessário ao senhor e à restante população que o habitava. Mais do que uma extensa propriedade, o domínio ou senhorio era um agrupamento de homens ligados por direitos e por deveres: o senhor dava protecção aos camponeses que lhe deviam obediência, trabalho e impostos.
A VIDA QUOTIDIANA DA NOBREZA
A nobreza tinha sobretudo funções guerreiras. Participou com os seus exércitos na Reconquista, ao lado do rei, recebendo em troca rendas e terras.
O senhorio era pois a propriedade de um nobre na qual viviam camponeses livres e servos.
Quando não estava em guerra, o senhor nobre ocupava-se a dirigir o senhorio e a praticar exercícios físicos e militares.
Organizava festas e convívios onde, para além do banquete, se tocava, cantava e dançava. Estas festas eram animadas por trovadores e jograis. Jogava-se xadrez, cartas e dados.
OS MOSTEIROS

A VIDA QUOTIDIANA DO CLERO
Tal como a nobreza, o clero era um grupo social privilegiado. Tinha a função de prestar assistência religiosa às populações.
Tinha grandes propriedades que lhe haviam sido doadas pelo rei ou por particulares e não pagava impostos. Tal como a nobreza, exercia a justiça e cobrava impostos a quem vivia nas suas terras.
O clero dividia-se em dois grupos: o clero regular (todos os que viviam numa ordem religiosa, num mosteiro) e o clero secular (bispos e padres).
No mosteiro, para além de cumprirem as regras impostas pela Ordem a que pertenciam, os monges dedicavam-se ao ensino, à cópia e feitura de livros, à assistência a doentes e peregrinos.
Em algumas Ordens, os monges dedicavam-se também ao trabalho agrícola nas terras do mosteiro.
Algumas Ordens eram militares, tendo combatido contra os Mouros.

Resolve os exercícios:

A FORMAÇÃO DE PORTUGAL

UM NOVO REINO CHAMADO PORTUGAL


Entre os séculos XI e XIII, as lutas entre cristãos e muçulmanos foram muito renhidas. Vários reinos e condados cristãos se formaram então, como podes observar no mapa.
D. Afonso VI de Leão e Castela
Os reis cristãos da Península Ibérica pediam ajuda a outros reis da Europa que enviavam cavaleiros cristãos - os Cruzados. Entre estes cruzados destacaram-se D. Henrique e D. Raimundo, dois cavaleiros franceses.

D. Henrique e D. Teresa
Como recompensa pela ajuda prestada na luta contra os muçulmanos, o rei de Leão (D. Afonso VI) deu a D. Raimundo o Condado da Galiza e uma das suas filhas, D. Urraca, (filha legítima) para casar; a D. Henrique, o Condado Portucalense e outra sua filha (filha ilegítima), D. Teresa, em casamento, no ano de 1096.
D. Urraca


O Condado Portucalense situava-se entre os rios Minho e Mondego e tinha a sua sede no Castelo de Guimarães. A D. Henrique competia a defesa e o governo do Condado. Não era, no entanto, independente pois devia obediência, lealdade e ajuda militar ao rei de Leão, que era o governante máximo. D. Henrique, guerreiro valente e bom governante, sempre desejou tornar o Condado Portucalense independente do reino de Leão.
Mas morreu muito novo, ficando a governar a viúva, D. Teresa, uma vez que o seu filho, D. Afonso Henriques, era ainda muito jovem.
D. Teresa, que também pretendia a independência do Condado, pediu, para tal, ajuda à nobreza da Galiza. Os nobres portugueses, não concordando, convenceram D. Afonso Henriques a revoltar-se contra a mãe.


Formaram-se então dois "partidos": um, a favor de D. Teresa;
outro, a favor de D. Afonso Henriques.
Os dois "partidos" confrontaram-se na Batalha de S. Mamede
(em 24 de Junho de 1128), próximo de Guimarães,
tendo D. Afonso Henriques saído vencedor e passando
a assumir o governo do Condado.
D. Afonso Henriques

A LUTA PELA INDEPENDÊNCIA
A D. Afonso Henriques não bastava a autonomia do Condado Portucalense;
ele queria a sua total independência.
Para tal, teve de lutar em várias frentes:
  1. Era necessário combater o rei de Leão, a norte, para ficar com o território independente.
  2. Era necessário alargar o condado para sul contra os muçulmanos - prosseguir a Reconquista.
  3. E era preciso arranjar maneira que o futuro reino de Portugal fosse reconhecido pelos outros reinos, principalmente pelo Papa.
    É que, no século XI, o Papa era mais importante que os reis e todos respeitavam as suas decisões e opiniões.
    E foi esta a política de D. Afonso Henriques para fundar o reino de Portugal!
A sua luta veio a ter sucesso:
o rei de Leão e Castela reconheceu a independência de Portugal: Tratado de Zamora, assinado em 1143;
o território português foi alargado até à linha do rio Tejo;
o Papa reconhece o reino de Portugal em 1179, através da Bula Manifestis Probatum.

O ASSALTO A SANTARÉM

ASSALTO A SANTARÉM
A tomada de Santarém foi um acontecimento de grande importância, pois conquistá-la era ter nas mãos um baluarte de primordial valor, centro de uma região fertilíssima e donde se poderiam lançar novos ataques ao próprio coração muçulmano da Península.
Consciente disso, D. Afonso Henriques preparou um ataque surpresa.
Aproveitando um período de tréguas com os muçulmanos da linha do Tejo, enviou Mem Ramires com a missão de estudar as defesas do castelo e as possibilidades de um possível ataque à fortaleza.
Mem Ramires voltou com boas esperanças e, desde logo, foi preparado o ataque.
Este foi desencadeado de surpresa na calada da noite, e fez-se rápido e fulminante.
Na manhã do dia 15 de Março de 1147, Mem Ramires hasteou o pendão Português e Santarém nunca mais deixou de desempenhar um papel de relevo na História Portuguesa.

A CONQUISTA DE LISBOA

Após a conquista deSantarém em 1147, sabendo da disponibilidade dos Cruzados em ajudar, as forças de D. Afonso Henriques prosseguiram para o Sul, sobre Lisboa.
As forças portuguesas avançaram por terra, as dos Cruzados por mar, penetrando na foz do rio Tejo; em Junho desse mesmo ano, ambas as forças estavam reunidas, iniciando-se as primeiras escaramuças nos arrabaldes a Oeste da colina sobre a qual se erguia a cidade de então, hoje a chamada Baixa.
catapulta
Após violentos combates, tanto esse arrabalde, como o de Leste, foram dominados pelos cristãos, impondo-se dessa forma o cerco à opulenta cidade mercantil.
Bem defendidos, os muros da cidade mostraram-se inexpugnáveis. As semanas passavam-se com surtidas dos sitiados, enquanto as máquinas de guerra dos sitiantes lançavam toda a sorte de projécteis sobre os defensores, o número de mortos e feridos ia aumentando de parte a parte.
No início de Outubro, os trabalhos sob o alicerce da muralha tiveram sucesso ao fazerem cair um troço dela, abrindo uma brecha por onde os sitiantes se introduziram, denodadamente defendida pelos defensores. Por essa altura, uma torre de madeira construída pelos sitiantes foi aproximada da muralha, permitindo o acesso ao adarve.
Torre de assalto
Diante dessa situação, na iminência de um assalto cristão em duas frentes, os muçulmanos, enfraquecidos pelas escaramuças, pela fome e pelas doenças, capitularam a 24 de Outubro.
Entretanto, somente no dia seguinte, o soberano e suas forças entrariam na cidade, nesse meio tempo violentamente saqueada pelos Cruzados.
Resolve a ficha de exercícios: