quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Ulisses - Revisões

 


https://wordwall.net/pt/resource/25105003/ulisses


https://wordwall.net/pt/resource/56229636/portugu%c3%aas/ulisses


https://wordwall.net/pt/resource/30688635/ulisses


https://wordwall.net/pt-pt/community/cruzadas-ulisses


sábado, 21 de outubro de 2023

A Educação pela Arte

 

A Educação pela Arte


A arte na base da educação e do desenvolvimento estável e harmonioso da personalidade da criança.
A Educação pela Arte

A Educação pela Arte

O conceito de Educação pela Arte foi desenvolvido por Herbert Read (poeta anarquista e crítico de arte e de literatura britânico), na segunda metade do século XX, na sua obra sua “Education throught art” (A Educação pela Arte). Na sua obra, Herbert Read defende que a arte deve constituir a base da educação e aponta caminhos para a sua aplicação.

A Educação pela Arte visa, sobretudo, contribuir para o desenvolvimento mais global da personalidade da criança.

Neste conceito, a expressão artística é entendida como o meio privilegiado para a promoção do desenvolvimento da aprendizagem com base na criatividade, na liberdade de expressão do sentir e do pensar, no prazer de aprender e de experimentar caminhos diversos e alternativos.

Tendo como ponto de partida o desenvolvimento da personalidade de forma harmoniosa, educar pela arte permite, também, o desenvolvimento do sentido críticoimaginaçãomemórialógica, poder de análise, síntese e de reflexão, atributos necessários ao bom desempenho das atividades académicas regulares.

O contacto com diferentes culturas e com meios de expressão tão diversos como música, imagens, teatro, dança, pintura ou desenho, permite crescer envolto num ambiente altamente estimulante recheado de novas oportunidades de aprendizagem. A criança desenvolve-se em harmonia consigo própria, com o mundo e com os outros, mas também no respeito pela diversidade.

Aprender através do erro e da experiência, ouvir histórias, representar diversos papéis, expressar-se livremente pelo movimento, pelo desenho ou escrita, transforma a criança num ser ativoempático, aberto à mudança e consciente dos vários papéis e contextos onde se desenvolve: família, cultura, escola, sociedade, etc..

As artes e o desenvolvimento estável e harmonioso da personalidade da criança:

  • A criança aprende imitando. Os primeiros estádios da aprendizagem começam pela imitação. Mas a criança também é um ser dinâmico e a educação deve levar em isso em consideração, não pretendendo que seja apenas um recetor acrítico das ideias dos adultos. Deve ser estimulada para prestar atenção, para ser curiosa, para questionar, para trabalhar e produzir e, desta forma, aprender.
  • Quando a criança representa situações e personagens, interpreta imagens, lê e inventa histórias, pinta e desenha livremente aquilo que sente e a forma com vê e sente o mundo, liberta-se, expressa-se, comunica, cria novos mundos de fantasia, aprende a reconhecer os seus sentimentos e assim, a controlar as suas emoções, a crescer e a desenvolver uma personalidade segura e equilibrada.
  • Está comprovado que a aprendizagem da música em idades pré-escolares desenvolve as suas capacidades intelectuais. A partir dos 5-6 anos, a música estimula o desenvolvimento da zona cerebral que está preparada para trabalhar a abstração, tal como a matemática.
  • A dança e o teatro, por exemplo, trabalham a coordenação motora, a disciplina, a capacidade de concentração e a memória, competências necessárias para aprender matemática, ler ou escrever.
  • Explorar os livros de forma criativa ou representar histórias em diferentes cenários, estimulam a imaginação e a criatividade mas também ajudam a criança a adquirir novos saberes, a interpretar o significado e o duplo significado das palavras, a saber resolver problemas com base nas experiências e vivências das personagens e a percecionar diferentes realidades.
  • A expressão pessoal inerente ao processo criativo atiça a curiosidade e a vontade de aprender, incentivando o desenvolvimento pessoal de forma autónoma e crítica, em permanente interação com o mundo e com os outros.
  • A expressão artística dá prazer, liberta os sentidos, desperta emoções, proporciona momentos lúdicos únicos e grandes descobertas. Por tudo isso, a educação pela arte incentiva a autoafirmação, reforça a autoestima e a coerência da personalidade, permitindo à criança realizar-se enquanto pessoa e atingir o reconhecimento pelos seus pares.
  • Aprender brincando promove o desenvolvimento emocional, facilitando a interação com os outros, a partilha de sentimentos, de emoções e de conhecimentos.
  • As artes são uma forma de conhecer, compreender e integrar como próprias diversas manifestações culturais, de aprender o respeito pela diferença, de incentivar o desenvolvimento de um espírito tolerante, livre e disponível para aceitar os outros tal como se apresentam, sem juízos de valor, sejam eles positivos ou negativos.

 

Fontes consultadas:

  • “Educação pela Arte”, Professor Doutor Levi Leonido Fernandes da Silva, Departamento de Artes e Ofícios – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Portugal.
  • MPIAEPA – Movimento Português de Intervenção artística e Educação pela Arte: uma filosofia e uma praxis na investigação,  intervenção e formação de professores. Professora Doutora Lucília Valente, Presidente do MPIAEPA e Professora Associada do Departamento de Artes Cénicas da Universidade de Évora.
  • Entrevista na Revista Noesis Jan/Mar 2008 a Cecília Menano.
  • https://maemequer.sapo.pt/desenvolvimento-infantil/educacao/escola-e-aprendizagem/a-educacao-pela-arte/

Contos de Grimm

 

Quem foram os Irmãos Grimm?

Os irmãos Grimm estão por trás de algumas das mais famosas e amadas histórias infantis que conhecemos. O seu legado na literatura e na academia é intransponível e, suas narrativas atravessam gerações, mesmo que as histórias que conhecemos hoje sejam um pouco diferentes das originais. 

Retrato dos irmãos Grimm - Wikimedia Commons

 Retrato dos irmãos Grimm - Wikimedia Commons

Uma história de dois irmãos

Jacob e Wilhelm Grimm nasceram em 1785 e 1786, respectivamente, no então Condado de Hesse-Kassel, atual Alemanha. Quando Jacob tinha apenas onze anos, seu pai morreu de pneumonia, e ele viu a sua família passar por dificuldades financeiras. 

Com a ajuda de uma tia, os irmãos Grimm conseguiram estudar e, depois, entraram na faculdade de Direito, com o intuito de seguir os passos do pai que era funcionário público. Jacob, mais velho, foi para Marburg, em 1802, e seu irmão mais novo, Wilhelm, acompanhou-o no ano seguinte. Entretanto, a inclinação para a procura e registo das histórias do folclore local fizeram com que os irmãos seguissem outro caminho... 

Um professor da Universidade de Marburg despertou o interesse dos irmãos pela filologia, o estudo da linguagem em textos históricos. Friedrich Carl von Savigny foi um respeitado e influente jurista alemão no século XIX. 

Com a ajuda de Savigny, o contato com outros académicos, e por meio do entendimento de que a cultura e as tradições influenciam a forma como uma sociedade se organiza, o desejo dos irmãos Grimm de se dedicarem ao estudo da história literária alemã tornou-se uma realidade.

Da tradição oral para a escrita

Cinderela, por Edmund Dulac

Contar histórias e transmiti-las de geração em geração sempre foi uma forma de guardar a cultura, as tradições e valores de um povo. 

Reunindo relatos de contadores de histórias locais – na sua maior parte mulheres e, especialmente, de uma mulher chamada Dorothea Viehmann –, os irmãos Grimm criaram uma coletânea de contos que, inicialmente, tinha o propósito de servir como estudo científico e contribuição académica. Entretanto, eles foram alguns dos primeiros e mais proeminentes estudiosos a perceberem a importância dos contos de fadas e tradições orais como registos históricos de um povo. 

Contos Infantis e Domésticos (Kinder und Hausmärchen) foi publicado em 1812, e reunia um número seleto de histórias que, antes, estavam limitadas apenas à tradição oral. Os irmãos continuaram a procurar histórias, registá-las e publicá-las ao longo dos anos e, com o tempo, foram feitas adaptações para torná-las mais acessíveis aos públicos mais jovens. 

As ilustrações que acompanhavam as histórias, assim como as palavras que elas representavam, também foram responsáveis por moldar o imaginário popular do que era o folclore alemão da época.

A evolução dos contos ao longo do tempo

Jacob e Wilhelm não estavam muito preocupados no teor das histórias que registavam, afinal, o trabalho ali era para manter a cultura viva. Era comum encontrar cenas de mutilação, mortes, mães e pais violentos, vingança violenta, finais aterrorizantes e muita tragédia.


A primeira edição foi publicada em 1812 como “Contos Infantis Domésticos", e não foi um sucesso de imediato. Nas últimas edições publicadas pelos irmãos, eles adaptaram e modificaram os enredos para que as histórias ficassem mais próprias para as crianças.


Fontes:

https://www.grimmstories.com/pt/grimm_contos/index?page=1

https://www.editorawish.com.br/blogs/novidades/quem-foram-os-irmaos-grimm