domingo, 31 de agosto de 2014

A Guerra dos Tronos, uma série a não perder


A Guerra dos Tronos é uma super produção televisiva da HBO, baseada na saga literária de George R.R. Martin, é uma série que redefine os parâmetros do que é possível fazer em televisão. Uma narrativa épica que atravessa mundos imaginários e personagens a perder de vista.



É, actualmente, a série mais pirateada do mundo, uma das mais vistas na televisão nos Estados Unidos e uma das que mais reacções provoca nas redes sociais. A Guerra dos Tronos é um fenómeno que há muito tempo ultrapassou a dimensão do pequeno ecrã e está hoje em todo o lado. Podemos nunca ter visto mas já ouvimos, pelo menos, falar. É uma história bem lá atrás no tempo, uma fantasia com dragões e dialectos que mais ninguém sabe falar, mas é também uma história dos nossos dias. 
A Complexidade
É algo ingénuo e puramente simplista pensar que estamos diante de um objeto que é apenas sangue, sexo e violência. A série é, de facto, totalmente explícita a esses níveis, tem um tom carnal e real mas a narrativa no seu cerne descreve um jogo politico, militar e profundamente sentimental disputado entre famílias que desejam o controlo do poder. As emoções são exacerbadas, está em jogo a sobrevivência e o legado destas famílias e dos seus pares, esta criação não é um típico drama medieval. Os personagens secundários, que surgem como cogumelos, possuem caracterizações tridimensionais. Uns por via da obra original e outros por destacarem-se perante a câmara vêm os seus desempenhos crescerem e distanciarem-se da fonte de inspiração. Os personagens são figuras que se preocupam com os seus, lutam e amam numa colisão de moralidade, tradição e a defesa das suas terras. A moralidade destes personagens é uma zona cinzenta onde os heróis têm falhas e os vilões são capazes de actos de compaixão. A nível emocional a série não está distante de emoções que são perfeitamente identificáveis.
O Talento
A nível de intérpretes encontramos um polo de talento que certamente se irá difundir no futuro por outras produções televisivas. Mérito para Nina Gold (responsável pelo casting) que reuniu um respeitável conjunto de actores. Encontramos muitos e bons actores, alguns acabados de sair das escolas de representação britânica, e têm imensa margem de progressão veja-se Maisie Williams (Arya), Emilia Clarke (Daenerys) e Jack Gleeson (Joffrey). Também temos actores mais experientes, são os pilares da série, para referir alguns, Sean Bean (Eddard), Lena Headey (Cersei), Aidan Gillen (Littlefinger) e Peter Dinklage (Tyrion).
A Produção
O departamento de arte fez um trabalho incrível e o detalhe em redor dos personagens atinge níveis impensáveis para uma série televisiva. A primeira temporada desenrola-se em cinco localizações principais que se multiplicam numa multitude de pequenos cenários. A paleta de cores e relevo é impressionante (desertos áridos e gélidos, montanhas e planícies), os cenários estão ao nível do melhor que se fez em fantasia épica na linha de O Senhor dos Anéis. O realismo não passou apenas pelo ecleticismo do guarda-roupa e a dimensão dos sets. Os criadores chegaram ao ponto de desenvolverem uma língua original para um grupo de personagens da série (os Dothraki, uma tribo nómada). O orçamento apesar de ser astronómico não era ilimitado, a série é dispendiosa, e daí os dez episódios. Várias sequências de guerra (e não só) desaparecem ou são reduzidas num claro investimento nos personagens como sendo força matriz de A Guerra dos Tronos secundarizando o lado mais bélico e massivo da obra. Uma nota sobre a pequena obra-arte que podemos encontrar no belíssimo genérico da série, é espantoso pela sua beleza e utilidade ao localizar-nos na geografia deste mundo complexo. 
A Adaptação
Além do elenco e da produção, o sucesso advém primordialmente da majestosa adaptação de David Benioff e D.B. Weiss e da estreita colaboração com George R.R. Martin. O autor criou um universo fantástico e não fica a dever nada a outros grandes mestres do género. Quando comparado com J.R.R. Tolkien poderíamos afirmar que George R.R. Martin é mais elaborado no desenvolvimento emocional dos personagens e explora realmente todas as sensações humanas. O aspeto principal é o poder e a dimensão que confere às personagens femininas que não são apenas “assistentes de bordo”, são as personagens mais fortes da série. As consequências de seguir ritmos humanos que não são produzidos de forma linear resultam num constante clima de imprevisibilidade onde tudo pode suceder. Todos estes aspectos formam um conjunto de mecanismos que fixam a imaginação numa série que não é apenas sobre monstros mas sim sobre a humanidade e as suas emoções, é um momento singular da história da Televisão.
A Qualidade, os Direitos e o Casting
Os actores, o criador e os argumentistas comungam numa série que agrada aos fãs de fantasia e aos apreciadores das produções de qualidade HBO. George R.R. Martin teve receios de vender os direitos do livro até ter descoberto o meio perfeito para não adulterar a sua saga. Nina Gold (diretora do casting) encontrou o tom certo na escolha dos atores, especialmente no caso dos miúdos. Maisie Williams (Arya Stark) relata o percurso e a evolução dos personagens.
Malta e Irlanda do Norte
As filmagens realizaram-se em Belfast, uma localização central que estava próximo de montanhas, planícies verdejantes e perto de uma interessante zona costeira. Ramin Djawadi, o responsável pela composição sonora, abordou a orquestração de um mundo complexo com a utilização de velhos instrumentos, o violino, o violoncelo e sons mais modernos com o sintetizador.
O Design de Produção
A produção evitou seguir o visual medieval britânico criando uma imagem distinta para cada mundo quer a nível de materiais (metais versus as madeiras) e a nível de figurino.
Um Genérico de Sonho
A ideia inicial partiu da necessidade de ter um mapa para orientar as pessoas para Westeros e Essos. O director de arte Rob Feng explica o conceito das famílias, as casas, as bandeiras e os edifícios que estão na base do mapa. Este foi elaborado a partir da arte conceptual e referências visuais da série enviadas pelos produtores e as localizações mecânicas são inspiradas nos trabalhos de Leonardo Da Vinci. Fica a promessa que o mapa vai continuar a evoluir com a progressão da série.
Do Livro para o Ecrã
A série está próxima da fonte original, é rica em personagens daí a passagem para televisão ter retirado os receios do autor na “mutilação” das suas criações. George R.R. Martin afirma que sempre achou ser impossível adaptar os livros ao grande ecrã e que caminhou num dos seus sonhos quando visitou a produção pela primeira vez. A adaptação foi um desafio para os argumentistas e Martin tem sido parte integral da produção.
A Linguagem Dothraki
Os produtores contratam a Language Creation Society para inventar a linguagem Dothraki. O responsável por este processo foi David J. Peterson, criou uma linguagem gutural com 2000 palavras ao inspirar-se nas práticas de guerra desta tribo de nómadas. Os argumentos chegavam até ele e eram traduzidos para dothraki e eram enviados para aos actores com uma transcrição fonética. Um processo que conferiu autenticidade à série.
Assistir online:
http://assistirfilmesonline.info/guerra-dos-tronos-1-temporada/

http://www.seriesvideozer.com/2012/03/assistir-a-guerra-dos-tronos-online-1-temporada-legendado-dublado-series-online.html
Fontes:
http://tv.sapo.pt/series/a-guerra-dos-tronos
http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/daqui-a-50-anos-ainda-vamos-olhar-para-a-guerra-dos-tronos-como-uma-das-melhores-series-de-televisao-1631134


terça-feira, 12 de agosto de 2014

Os Dez filmes que marcaram a carreira de Robin Williams (1951-2014)

Robin Williams foi encontrado sem vida nesta segunda-feira em sua casa, na Califórnia. Paz à sua alma!
O actor ficou conhecido por uma notável carreira como stand-up em comédia mas também em variados filmes.
Brilhou em Bom Dia, Vietname (1987), Clube dos Poetas Mortos (1989), Despertares (1990), O Rei Pescador (1991), O Bom Rebelde (1997), bem como incursões bem sucedidas financeiramente como Popeye (1980), Capitão Gancho (1991), Aladino (1992), Papá Para Sempre (1993), Jumanji (1995), Casa de Doidas (1996), Uma Noite no Museu (2006), e Happy Feet (2006). 
Foi nomeado para a categoria de Melhor Actor Principal por três vezes, e Williams viria a ganhar o óscar como Melhor Actor Secundário no filme O Bom Rebelde (1997). Também ganhou dois Emmy, quatro Globos de Ouro, dois Screen Actors Guild e cinco Grammy.
Dez filmes que marcaram a carreira de Robin Williams:
Bom Dia, Vietname (1987)

O filme que rendeu a primeira indicação ao oscar de Melhor Actor para Robin Williams é um clássico absoluto para todos os cinéfilos. Um DJ é chamado para servir na guerra do Vietname e lá vai trabalhar na rádio do exército. 

Clube dos Poetas Mortos (1989)

Segunda indicação para o óscar de Melhor Actor de Robin Williams (o primeiro foi por Bom Dia, Vietname), esse filme fala da história do professor John Keating (Robin Williams) que inspira seus alunos a amar a poesia e aproveitar a vida.
 Despertares (1990)


 O Rei Pescador (1991)

Uma das mais notáveis realizações de Terry Gilliam, é uma espantosa fantasia em tom de comédia dramática sobre a fabulosa amizade entre dois homens destroçados pelos paradoxos da vida moderna, com Jeff Bridges e Robin Williams.
 O Bom Rebelde (1997)

Finalmente, em 1998, Robin Williams ganhou o óscar de Melhor Actor Coadjuvante pelo belíssimo Génio Indomável. Nesse filme, Will Hunting (Matt Damon) vive a personagem de um génio da matemática que é descoberto como funcionário de limpeza de uma das maiores universidades dos Estados Unidos. O psicanalista Sean Maguire (Robin Williams) faz de tudo para recuperar as habilidades sociais de Will para fazer dele um dos mais brilhantes alunos que a universidade já viu.
 Papá Para Sempre (1993)

Esse clássico da Sessão da Tarde rendeu ao actor o Globo de Ouro de Melhor Actor em Comédia ou Musical. A história é apaixonante: um pai se traveste de babá para poder ficar mais perto dos filhos. Para rir e chorar.
 Jumanji (1995)

Outro clássico da Sessão da Tarde ou uma grande aventura ao cinema para quem foi criança nos anos 1990. Em Jumanji, duas crianças encontram o tabuleiro mágico de um jogo que liberta um homem preso lá há décadas. 
Casa de Doidas (1996)

Impossível não morrer de rir com esta comédia. Em A Gaiola das Loucas, o filho de um dono de cabaret precisa apresentar o pai à família da noiva. Contudo, para isso, ele e seu companheiro drag queen precisam se fingir de casal heterossexual para agradá-los.
Uma Noite no Museu (2006)


 e Happy Feet (2006)
Fonte:
http://www.sol.pt/noticia/113242
http://zh.clicrbs.com.br/rs/entretenimento/noticia/2014/08/10-filmes-para-lembrar-de-robin-williams-4572904.html


quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Cabo Sardão, um tesouro natural




Cabo Sardão, um tesouro natural
É necessariamente um ponto de visita obrigatório para quem se aproxima do ponto mais ocidental da costa alentejana, entre Almograve e Zambujeira do Mar. Do Cabo Sardão, cujo farol entrou em funcionamento em 1915, abre-se uma janela privilegiada para o mar e suas falésias, onde as cegonhas brancas construíram o seu “reino”, sobre ninhos aparentemente indestrutíveis. A partir da primavera, começam a chegar as caravanas com os primeiros turistas, sobretudo “estrangeiros”, dizem as gentes, e o movimento mantém-se estável ao longo dos meses de verão. Da chamada Ponta do Cavaleiro, a praia mais próxima é a da Carraca, cujo acesso – uma escadaria com “120 degraus” – acaba por fazer uma seleção natural de frequentadores. “É quase só a juventude”, diz o povo.


O culto da batata-doce 
Sendo a batata-doce um dos produtos agrícolas com mais forte potencial no litoral do concelho de Odemira, em particular na aldeia de Cavaleiro, o centro desportivo e cultural da terra decidiu dedicar-lhe uma festa, associando-a à feira tradicional, que decorre sempre no último fim de semana de outubro. Recentemente, decorreu a segunda edição do certame, com os apoios do município de Odemira e da Junta de Freguesia de São Teotónio, mantendo o objetivo de “apoiar os produtores locais”. Para além da exposição de artesanato, da venda de batata-doce e de vários doces regionais que têm como ingrediente principal este tubérculo de origem sul-americana, durante o evento os visitantes tiveram também OPORTUNIDADE DE degustar batata-doce assada e cozida. Em nome da batata-doce, houve também atuações de vários grupos de música tradicional e um baile, para celebrar e queimar calorias.

 

A beleza desta costa merece contemplação e estamos perto de um dos seus miradouros mais fantásticos: o Cabo Sardão. Para os observadores de aves tem ainda outro atractivo: é este o único local do mundo onde a cegonha branca nidifica em falésias do mar. Vá agora visitá-lo e, a partir dele, mesmo que não seja adepto de grandes caminhadas, passeie um pouco para sul sobre a falésia. É um deslumbramento e, se quiser, pode ir a pé ou em btt até à Zambujeira do Mar. 

Percurso Pedestre no Parque Natural do sudoeste alentejano e Costa Vicentina


cabo_sardao_activSugerimos uma caminhada junto ao mar a partir de Almograve até ao cabo Sardão. O percurso pode ser feito de ida e volta ou, se tiveres dois carros, deixar um no final para o regresso. Podemos ainda combinar com um táxi para nos ir buscar ao Cabo Sardão ou pedir para nos deixar lá no início e fazer o percurso inverso. 
Trata-se de um percurso pedestre circular suge­rido e identificado pelo PNSACV que começa e termina em Almograve onde se encontra o pla­car de interpretação. Daí, dirige-te para a praia e logo de seguida para a direita por cima de um passadiço de madeira que protege as primeiras dunas e da acesso a falésia. Nesta zona a falésia é baixa e o trilho arenoso fica entre bonitas flo­res e vegetação rasteira e dunar. Mais a frente irás encontrar a praia dos Ouriços que fica na foz duma ribeira. Regressamos pelo caminho que tínhamos acabado de fazer, e, novamente na praia de Almograve, continuamos em frente para sul. À beira-mar há um estradão que nos leva ate ao porto das Lapas das Pombas. Este é um pequeno acesso ao mar utili­zado por pescadores que aproveitaram bem um canal natural por entre rochas e um pequeno promontório a proteger da ondulação e vento de norte, muito típicos na nossa costa ocidental. Continuando, o estradão que no porto das Lapas das Pombas passa a trilho e proporciona paisagens espectaculares sobre as falésias vertiginosas onde a cor da rocha e da vegetação arbústica contras­ta com o azul forte do Atlântico. Nesta costa ainda selvagem pode observar-se em época própria um fenómeno único em Portugal: a nidificação das cego­nhas em pequenos ilhéus pontiagudos que se encontram junto a costa. 0 regresso do cabo Sardão pode ser pelo mesmo trilho que, visto de uma perspectiva diferente, parece outro…


Fontes:
http://da.ambaal.pt/noticias/?id=2429
http://www.visitalentejo.pt/pt/o-alentejo/viva/litoral-alentejano/
http://naturamarisresidence.com/espaco-envolvente/atividades/61-percurso-pedestre-no-parque-natural-do-sudoeste-alentejano-e-costa-vicentina