terça-feira, 27 de maio de 2014

O escritor angolano Adriano Mixinge estreia-se em Portugal


Manuel Fonseca, Elizabeth Vera Cruz, Adriano Mixinga e Henrique Monteiro


Manuel Fonseca, Elizabeth Vera Cruz, Adriano Mixinga e Henrique Monteiro

Adriano Mixinge ainda é relativamente desconhecido no nosso país. O escritor e historiador de arte angolano, vencedor do Prémio Literário Sagrada Esperança, lançou esta quarta-feira em Portugal O Ocaso dos Pirilampos. Mixinge falou com o DN sobre o novo livro, a adolescência em Cuba e o seu percurso artístico.

Muitos ainda não conhecem Adriano Mixinge, escritor e historiador de arte angolano, atual conselheiro cultural na Embaixada de Angola em Espanha. O seu currículo é vasto: investigador no Museu Nacional de Antropologia, professor no Instituto Nacional de Formação Artística e Cultural, editor da página cultural do Jornal de Angola, conselheiro cultural na Embaixa de Angola em França, colaborador da Delegação de Angola junto da UNESCO.
O Ocaso dos Pirilampos, publicado pela Guerra & Paz, é a sua primeira publicação em Portugal e segue-se ao romance Tanda e ao livro de ensaios Made in Angola: arte contemporânea, artistas e debates. Foi com a sua mais recente obra que Mixinge venceu em 2013 o Prémio Literário Sagrada Esperança, um prémio instituído em homenagem póstuma a Agostinho Neto.
O livro foi lançado na tarde de ontem, na Fnac do Chiado. A apresentação contou com a Professora Elizabeth Vera Cruz e o jornalista Henrique Monteiro. Elogiando a coragem de Mixinge expressa na obra, ambos notaram a publicação da obra e a atribuição do galardão angolano como sinais de mudança em Angola. Vera Cruz identificou o "o ocaso dos pirilampos" com um ocaso da "geração da utopia", que viveu o desapontamento com os anos que se seguiram à independência de Angola. Henrique Monteiro, na sua intervenção, interpretou o título do seguinte modo: "Quer dizer que há uma luz que deixa de brilhar".
Em resposta à estreita identificação do seu livro com a conjuntura política e social angolana, Mixinge declarou que a questão "é mais complexa": "Difícil tarefa a minha, de não levar os leitores a uma leitura política", "de hoje", mas algo que seja "transversal aos tempos", confessou o autor angolano.
Fonte:
http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=3926805

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