Entre os séculos X e XIV os oceanos seriam dominados por seres e criaturas grotescas, de acordo com diversos mapas. Imaginem o temor que marinheiros de primeira viagem sentiam quando se aventuravam por mares nunca antes navegados, como na época da chegada dos portugueses à América ou Ásia.
Não é de se duvidar que até pouco tempo antes da épica partida da corte portuguesa para o Brasil, numa viagem que durou quase dois meses (novembro de 1807 a janeiro de 1808), o medo do oceano e seus perigos assombrasse ainda as mentes de muitos dos membros da corte.
Não é de se duvidar que até pouco tempo antes da épica partida da corte portuguesa para o Brasil, numa viagem que durou quase dois meses (novembro de 1807 a janeiro de 1808), o medo do oceano e seus perigos assombrasse ainda as mentes de muitos dos membros da corte.
Agora, estes monstros marinhos esquecidos nos mapas voltam à vida nas páginas de um novo livro dedicado à análise destas figuras e de seu processo de criação pelos antigos ilustradores. “Sea Monsters on Medieval and Renaissance Maps” (Monstros Marinhos nos Mapas Renascentistas e Medievais, em uma tradução livre), de Chet Van Duzer (British Library, 2013) traça a evolução destas míticas criaturas.
A obra aborda o modo como os cartógrafos usavam a arte para ilustrar regiões misteriosas e inexploradas do planeta e seus possíveis perigos.
A obra aborda o modo como os cartógrafos usavam a arte para ilustrar regiões misteriosas e inexploradas do planeta e seus possíveis perigos.
Apesar de uma boa dose de imaginação, muitos destes seres fantásticos são inspirados em animais reais, que ganharam uma versão marinha grotesca. São os casos de serpentes marinhas engolindo barcos, bestas mitológicas, baleias e morsas, estes últimos seres considerados monstros pelos artistas medievais e renascentistas.
Também nota-se a presença de polvos gigantes e sereias sedutoras. Os mapas, apesar da presença de monstros, tinham seu valor científico e, de acordo com o autor do livro, em alguns casos as ilustrações das bestas marinhas até aumentavam o seu valor.
Também nota-se a presença de polvos gigantes e sereias sedutoras. Os mapas, apesar da presença de monstros, tinham seu valor científico e, de acordo com o autor do livro, em alguns casos as ilustrações das bestas marinhas até aumentavam o seu valor.
Retratos de baleias e outras criaturas tornaram-se mais realísticos no começo do século XVII. Depois disso, os navios começaram a ser desenhados exercendo domínio sobre estes seres míticos. Aos poucos, todas estas grotescas criaturas foram varridas dos mapas, mas talvez não da imaginação de quem vive no mar.
Crédito: British Library, Add. MS 24065)
(Crédito: British Library, Maps.C.2.c.5., map 45)
(Crédito: Library of Congress)
(Crédito: National Library of Sweden, shelfmark KoB 1 ab)
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