sexta-feira, 14 de março de 2014

O meu fim-de-semana em Paris

Eu sempre fui uma apaixonada pela História, não sei a razão de gostar tanto de História e de ter prazer em estudá-la e de saber cada vez mais. Ela sempre foi a minha disciplina preferida e muito cedo, lá pelo 8º ano, decidi que ia ser professora de História. Para os meus colegas era uma ideia estranha pois a História pode ser uma coisa muito monótona durante a adolescência.

Penso que foi nas aulas de História do 8º ano, enquanto aprendia os factos da Revolução Francesa, que comecei a sonhar com Paris e em visitar os seus monumentos.



Dizer que Paris é linda é absolutamente óbvio, a cidade tem um significado único para cada um de nós e depende da nossa cultura, sensibilidade histórica, gosto e formação pessoal.
Os bairros mais importantes que queria conhecer eram o "Quartier Latin", situado na famosa margem esquerda do Sena. O "Marais", bairro repleto de artistas e pessoas do mundo da moda. E Montmartre, com a sua famosa Place du Tertre, os seus pintores e artistas de rua, cafés, esplanadas e restaurantes.
Logo que cheguei, só pensava em ver e subir ao último andar da Torre Eiffel, queria convencer-me de que estava em Paris, de que não estava a sonhar...
O rio Sena, divide Paris em duas partes, com bancos para relaxar, pontes lindas para ligar os dois lados e os famosos “Bateaux Mouches”, que percorrem vários pontos turísticos da cidade e que valem muito a pena. Adorei as praças, os jardins, as ruas, os cafés, os parques, os monumentos, as esplanadas, o rio Sena...
Além de museus, lojas e cafés maravilhosos, existem vários parques e áreas verdes imperdíveis em Paris:
Jardin du Tuileries: Lindo jardim na frente do Museu do Louvre.
Parc du Champ de Mars: Um óptimo lugar para relaxar abaixo da Torre Eiffel.
Jardin de Trocadero: Pequeno jardim do lado oposto do rio, onde fica a Torre Eiffel.
Jardin de Luxembourg: Localizado no 5º Arrondissement, é um dos mais famosos jardins de Paris e também o meu preferido, onde se vê o  Palais du Luxembourg, uma das construções mais bonitas de Paris.
Construída no século XIX, a Torre Eiffel é o monumento mais visitado do mundo!
Todos os anos, milhões de turistas sobem até o topo da torre, onde é possível ver toda a cidade. Para chegar até lá, é preciso adquirir os bilhetes para os elevadores do primeiro e do segundo nível. Ao todo são três níveis abertos para visita, e para chegar ao segundo nível podem subir-se cerca de 300 degraus. O acesso ao terceiro nível é feito somente através de elevadores.

O Moulin Rouge, que em português significa Moinho Vermelho, é um famoso e tradicional cabaré de Paris. O cabaré continua em funcionamento para aqueles que gostam da vida boémia da cidade, e querem reviver o ambiente da Belle Époque. Muito visitei eu em 3 dias, 7, 8 e 9 de Março... o resto ficará para depois.





Não podia deixar de conhecer a Basílica de Sacré-Coer e Montmartre, aqui fiquei a conhecer os locais que aparecem no filme "O Fabuloso Destino de Amélie". A Basílica está localizada no ponto mais alto da cidade, no monte Martre. Após a sua construção, este tipo de arquitetura serviu de inspiração para várias outras catedrais e basílicas ao redor do mundo. O aspecto boémio de Montmartre também tem sua história. Os bares populares com pistas de dança, as famosas guinguettes, atraíram multidões desde o final do final do século XVIII. As pessoas dançavam e bebiam por preços mais baixos em cenários campestres, Montmartre ainda era o campo, longe da cidade.

O pintor Renoir imortalizou um destes lugares, o Moulin de la Gallete, aberto até hoje. A obra acima – Bal au moulin du moulin de la Galette –  encontra-se no Musée d’Orsay.
O período mais glorioso de Montmartre situa-se entre 1900-1914, quando artistas, pintores, escultores, escritores invadiram a área atraídos pela luz e claridade da colina e alugueres mais baratos. Nesta época, a praça Emile Goudeau – berço da arte moderna – foi o endereço de vários deles, inclusive Picasso.
Eles moravam no Bateau Lavoir, antiga fábrica de pianos transformada em ateliers para os artistas. Em 1904, Picasso, ainda pobre, mora em um desses ateliers. O Bateau Lavoir era um lugar precário, onde os moradores gelavam no inverno e se sufocavam no verão. Em 1907 Picasso pintou Les Demoiselles d’Avignon neste endereço.
Mas a história de Montmartre está longe de terminar, o seu charme está intacto. Como prova, o imenso sucesso do filme "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain".
Considerado o mais importante museu do mundo, e o mais visitado, o Museu do Louvre é onde se encontra um acervo com importantes obras como a Mona Lisa e a Vénus de Milo, e artistas como Goya e Miguel Ângelo.





O estilo gótico da arquitetura da catedral que é uma das mais antigas da França encanta a todos. Além disso, os quase duzentos vitrais presentes ali também são de tirar o folego! Todo o interior da catedral, os sinos, os órgãos e os vitrais compõem uma das mais belas atrações da cidade.
Há mais ou menos vinte anos tinha visitado Paris só de passagem, em viagem da Alemanha para o sul de França, nessa altura fui visitar o "Futuroscope", de que falarei noutro post. E em todos estes anos fiquei a sonhar com Paris através do cinema, da leitura e da pintura...
Paris é dividida em 20 bairros numerados, ou arrondissements, organizados em espiral a partir do coração da cidade, onde estão a estação de Châtelet (a mais movimentada) e o Louvre.

Quanto mais baixo é o número do arrondissement, mais central é a sua localização. Tentei ficar entre os arrondissements 1 e 6 (Châtelet/Louvre, Bourse, Marais, île St.-Louis, Quartier Latin, Sorbonne, St.-Germain), e chega-se mais depressa a qualquer canto da cidade.




 Todos esses lugares que visitei e onde tirei dezenas de fotografias, lembravam-me filmes e acontecimentos históricos, fizeram com que deseje voltar sempre e também me fizeram desejar nunca mais sair dali.
Digo também isto porque, a meu lado, no avião de regresso, vinha um português que vive há 50 anos nos arredores de Paris e nunca tinha visitado os monumentos que eu visitei num fim-de-semana. No entanto, desloca-se lá com bastante frequência, em viagens de trabalho.
Tive a sorte de ter um amigo em França que se disponibilizou a ir buscar-nos e levar-nos  ao aeroporto, a mostrar-nos Paris, acompanhando-nos de carro por toda a cidade. Os lugares ligados à revolução que ficam dentro de Paris estão situados num perímetro de cerca de 5 quilómetros. É possível percorrer isso em duas horas a pé e em meia hora de carro, dependendo do trânsito que é normalmente infernal. Nada sobrou da Bastilha – a prisão e fortaleza foi totalmente destruída em 1789 – mas passa-se pela praça que lembra a sua existência e  pensa-se no avanço dos filhos da pátria e no fim do direito divino dos reis.

  E ainda há muito mais para visitar numa próxima vez, a Place du Châtelet e o "Les Invalides", onde está o túmulo de Napoleão I, o Bonaparte. E, a cerca de 20 quilómetros de Paris, está Versalhes, um palácio de 700 quartos, que pertencia à  família real francesa (e depois ao imperador Napoleão I) que foi cercado pelos revolucionários em 1789...





Fontes:
http://zenpasstravel.wordpress.com/2010/11/01/a-torre-eiffel-3/
http://blogdotiburon.com/2013/12/02/paris-dia-3/
http://viagens-a-2.blogspot.pt/2007/08/paris.html
http://www.360meridianos.com/2011/11/monumentos-de-paris-historia.HTML

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