terça-feira, 29 de julho de 2014

O SOLDADO MILHÕES, Aníbal Augusto Milhais, um herói da I GUERRA MUNDIAL




Aníbal Augusto Milhais nasceu em Valongo, concelho de Murça, em Trás-os-Montes. Filho de agricultores e ele próprio agricultor durante toda a vida, com excepção do tempo em que esteve na guerra.
Chegada a hora da tropa foi incorporado no Regimento de Bragança e mais tarde no de Chaves. Em 1917 partiu para a frente de combate. Um ano depois, chegava o "grande momento", o da Batalha de La Lys, na Flandres. O dia preciso: 9 de Abril.
Rezam as crónicas que uma força portuguesa se viu atacada pelos alemães. A nossa força chegou a ser destroçada e a situação era «a pior possível». Muitos portugueses foram mortos e os sobreviventes obrigados a retirar. 
O soldado Milhais viu-se sozinho numa trincheira e, então, ergue-se, de metralhadora Lotz em punho, e varreu uma coluna de alemães que vinham em motocicletas. Terá feito o mesmo ás colunas de "boches" que entretanto surgiram. Parece que os alemães terão julgado que, em vez de um camponês sozinho, enfrentavam um fortíssimo regimento de portugueses e ingleses.
O acto isolado deste soldado permitiu aos aliados tomar posição trinta e tal quilómetros mais atrás. Milhais, esse, continuou sozinho, a vaguear pelos campos, tendo apenas «amêndoas doces» para comer. Reza também a história que salvou um grupo de escoceses de serem capturados, disparando sobre os alemães que os perseguiam.
Quatro dias depois da batalha, encontrou um médico escocês que salvou de morrer afogado num pântano. Foi este médico, para sempre agradecido, que deu conta ao exército aliado dos feitos do soldado transmontano. Chegado ao acampamento, Milhais foi efusivamente abraçado pelo seu comandante (General Tamagnini): «Tu és Milhais, mas vales milhões».
Por causa desse feito Milhões recebeu a Ordem de Torre e Espada de Valor, Lealdade e Mérito, em Isberg. 
Perante o soldado, que, no fundo, era apenas um homem simples e grande contador de histórias, desfilaram «em continência» 15 mil soldados aliados.
Depois de terminada a guerra, o soldado recebeu outras condecorações portuguesas e estrangeiras. 
«(...) Nesta guerra com milhões de mortos, não haveria lugar ao culto do heroísmo individual (ao 
culto da personalidade), daí a poderoso liturgia cívica europeia colectiva ao soldado Desconhecido, que a «Pátria» coroará nos vários monumentos aos mortos da Grande Guerra. 
Contudo, em Portugal, deve relevar-se dentro do imaginário «guerrista» o heroísmo do soldado «Milhões», condecorado com a 4ª classe da Ordem de Torre e Espada de Valor, Lealdade e Mérito, que será sujeito a apropriações míticas, rosto concreto das «horas de provação» da batalha de La Lys, finda a qual, os portugueses, «num cortejo de silêncio e tristeza, [...] vão como sonâmbulos [...]» 
(Augusto Casimiro, Cálvários da Flandres). 




(...) « A verdade é que a maior parte dos seus descendentes adoptou o apelido Milhões, como Leonida, a neta que vai, connosco, relembrar o célebre soldado da Primeira Grande Guerra Mundial. 
Leonida, que vive com as suas filhas na Guarda, prefere recordar o avô e não tanto o herói: «Ele era a pessoa com quem a gente brincava e acima de tudo era um amigo».«Era um homem de grandes valores, um homem de palavra e com grande sentido de justiça», recorda a neta. Sempre bem disposto: «Mesmo nos piores momentos, ele conseguia transmitir coragem». Milhões morreu quando Leonida tinha 17 anos mas ela lembra-se bem que o avô era um homem muito simples e bem disposto, capaz de contar uma boa história.» 
Fonte:
http://historia-dos-tempos.blogspot.pt/2009/04/anibal-augusto-milhais.html



10 Filmes para perceberem melhor a Primeira Guerra Mundial


  
Oito filmes para perceber melhor a Primeira Guerra Mundial
No ano em que se assinalam 100 anos da Grande Guerra, reunimos oito propostas cinematográficas para todos os gostos.
1 - A Oeste Nada de Novo (EUA, 1930 / EUA e Reino Unido, 1979)
O romance do alemão Erich Maria Remarque foi adaptado duas vezes ao grande ecrã – a primeira, com maior sucesso, em 1930, e a segunda, com um resultado menos positivo mas com melhores recursos técnicos, em 1979. Recomendamos a primeira, filmada apenas 12 anos após o final do conflito e considerada à data um triunfo da sétima arte. É o retrato da destruição da juventude germânica pela trituradora máquina de guerra imperial e das dificuldades da reintegração na vida civil. Espera-se nova adaptação cinematográfica para os próximos anos.
2 - A Grande Ilusão (França, 1937)
Uma das obras-primas do cinema francês, o filme de Jean Renoir é sobretudo um apelo ao pacifismo em vésperas de um novo e ainda mais sangrento conflito mundial. E é o retrato das relações entre um grupo de prisioneiros divididos pela classe social e unidos pelas circunstâncias da guerra.
3 - Horizontes de Glória (EUA, 1957)
Manifesto anti-guerra do genial Stanley Kubrick (que voltaria à carga em 1987 com Nascido Para Matar, agora no cenário vietnamita), conta a história do coronel Dax, um oficial francês que recusa executar uma missão suicida e enfrenta a justiça marcial. A sensibilidade do tema fez com que este filme fosse proibido em França e na Alemanha durante vários anos.
4 - Lawrence da Arábia (Reino Unido, 1962)
Este épico é considerado o melhor filme britânico de sempre e o favorito de realizadores como Steven Spielberg. Vencedor de sete Óscares e magistralmente protagonizado por Peter O’Toole, conta a história de T. E. Lawrence, o lendário militar, agente secreto e escritor inglês que lutou ao lado dos árabes contra o Império Otomano, sendo um dos grandes obreiros da bem-sucedida Revolta Árabe de 1916-1918. Veja com tempo, porque são quase quatro horas de filme.
5 - 1900 (Itália, 1976)
Este não é um filme de guerra. Aliás, mais que um filme, é uma longa aula de história do século XX dada por Bernardo Bertolucci. E é sobretudo um filme que mostra as dinâmicas sociais, políticas e económicas que conduziram a Itália, a Europa e o mundo às duas orgias bélicas do último século – ou não terá sido afinal um único grande conflito, como propõem historiadores como Eric Hobsbawm? Vale a pena por isso rever Robert de Niro, Gérard Depardieu ou Donald Sutherland no pico da forma e perceber como a Primeira Guerra Mundial se encadeia no trágico rolo cronológico dos últimos 100 anos. Depois, se tiver paciência, veja o resto das mais de quatro horas de filme, ou guarde-as para as próximas efemérides.
6 - Um Longo Domingo de Noivado (França e EUA, 2004)
Não sendo também um filme de guerra, o primeiro conflito global domina por completo esta desesperada história de amor protagonizada por Audrey Tautou e Gaspard Ulliel, mostrando o impacto esmagador do conflito na vida de milhões de famílias e de jovens casais que viram os seus sonhos adiados ou mesmo destruídos.
7 - O Barão Vermelho (Alemanha, 2008)
A lenda da força aérea germânica Manfred von Richthofen, que terá vencido cerca de 80 batalhas contra os britânicos, regressa aos céus nesta recente produção alemã em língua inglesa. O filme não foi bem recebido na Alemanha, onde qualquer indício de glorificação do passado militar germânico continua a causar calafrios, mas é um razoável documento ficcionado a fazer luz sobre o lado inimigo do conflito e sobre um dos nomes mais temíveis da história da aviação mundial.
8 - Cavalo de Guerra (EUA, 2011)
Esta é a nossa proposta mais familiar. Realizado por Steven Spielberg, é a adaptação do romance infanto-juvenil homónimo de Michael Morpurgo e conta a história de um dos milhões de cavalos que foram requisitados aos seus donos e utilizados no esforço de guerra. O autor calcula que o Reino Unido tenham perdido pelo menos um milhão de cavalos, e que os vários países em conflito tenham sacrificado cerca de 10 milhões de animais que, estrelas das pistas de corrida ou ajudantes do homem em explorações agrícolas, se transformaram em verdadeiros heróis de guerra. Portanto, é um bom filme para ver com os mais novos. Mas nem os mais velhos vão evitar algumas lágrimas.
9 - O Grande Hotel Budapeste (2014)

No período entre as duas guerras mundiais, o famoso concierge de um famoso Hotel europeu conhece um jovem empregado e os dois se tornam melhores amigos. Entre as histórias vividas pelos dois, estão o roubo de um famoso quadro renascentista, a batalha por uma fortuna de uma família e mudanças que atingiram a Europa durante a primeira metade do século XX.
10 - Gallipoli (1981)

Archie Poster do filme GallipoliHamilton (Mark Lee) é uma das maiores promessas das pistas de corrida da Austrália. Durante uma competição ele faz amizade com Frank Dunne (Mel Gibson). Unidos pelo idealismo, os dois se alistam no exército, em 1915, sem ter a mínima noção do horror que enfrentariam na luta contra os turcos, na trágica e lendária batalha de Gallipoli, durante a Primeira Guerra Mundial.
Fontes:
http://www.sol.pt/noticia/111438
http://cinema10.com.br/tipos/filmes-sobre-primeira-guerra-mundial

terça-feira, 22 de julho de 2014

O Velho e o Mar

Ando a ler "O Velho e o Mar", escrito em 1950, um romance sobre a luta de um pescador cubano com um peixe gigante, considerado uma parábola da humanidade, esta obra valeu a Hemingway o Prémio Nobel da Literatura em 1954.
http://estoriasdahistoria12.blogspot.pt/2014/07/21-de-julho-de-1899-nasce-o-escritor.html?spref=fb

segunda-feira, 21 de julho de 2014

A ciência da compaixão: “Ensinando meditação as crianças, acabamos com a violência no mundo"

Reportagem sensacional ao Dalai Lama sobre a contribuição dos ensinamentos para o mundo. Legendada.
A educação é muito mais do que transmitir conhecimentos e habilidades por meio dos quais se atingem objectivos limitados. É também abrir os olhos das crianças para as necessidades e direitos dos outros. Precisamos mostrar às crianças que suas ações têm uma dimensão universal. E precisamos encontrar uma forma de estimular seus sentimentos naturais de empatia para que venham a ter uma noção de responsabilidade em relação aos outros. Pois é isso o que nos motiva a agir. Se tivéssemos de escolher entre conhecimento e virtude, a última seria sem dúvida a melhor escolha, pois é mais valiosa. O bom coração que é fruto da virtude é por si só um grande benefício para a humanidade. O mero conhecimento, não. Para isso, é importante o ensino de uma ética secular e laica nas salas de aulas em conjunto com métodos que contribuem para o desenvolvimento de uma mente compassiva, altruísta, equânime e calma como a meditação.
“Se ensinássemos meditação a todas as crianças de 8 anos, eliminaríamos a violência numa geração” Dalai Lama.
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Fonte:
http://www.budavirtual.com.br/ciencia-da-compaixao-ensinando-meditacao-criancas-acabamos-com-violencia-mundo/

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Como levar o cinema para a sala de aulas

O uso de filmes na escola pode ser um elemento importante para trabalhar outros formatos e linguagens com os alunos. Segundo a doutora em ciências da comunicação Cláudia Mogadouro, pesquisadora do Núcleo de Comunicação e Educação da USP, ainda existe na escola um descompasso muito grande entre a cultura letrada e a cultura audiovisual.
Para Djalma Ribeiro Junior, doutorando em educação e técnico de laboratório audiovisual da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), a lei é importante para trazer à tona o debate sobre a importância do audiovisual na educação. “A proposta é interessante, mas deve ser olhada em uma perspectiva mais ampla. Os filmes não podem ser usados apenas para cobrir horários de aula. Eles precisam estar integrados na proposta pedagógica escolar”, destacou.

 
nuiiun / Fotolia.com


Confira algumas propostas que o Porvir reuniu com base nas conversas com os especialistas:
1. É fundamental fazer o planeamento da actividade   
Antes de exibir um filme para os alunos, é necessário realizar um planeamento. Segundo Cláudia Mogadouro, é importante que o professor escolha uma obra que leve em conta o repertório dos alunos. Em alguns casos, o educador deve preparar uma aula introdutória para que a turma consiga ter uma compreensão maior sobre o contexto do filme.
2. O tempo da aula deve ser levado em conta durante a escolha do filme
De acordo com Ribeiro Junior, o professor precisa de escolher um filme que se encaixe no seu horário de aula. Em muitos casos, as curtas podem ser uma boa alternativa. No entanto, para a pesquisadora do Núcleo de Comunicação e Educação da USP, as longas também podem ser exibidas com um planeamento adequado. Segundo ela, alguns filmes têm conteúdos interdisciplinares que podem ser trabalhados durante diferentes aulas.
Se o tempo não for suficiente, o professor pode dividir o conteúdo em duas aulas ou apenas selecionar alguns trechos. No entanto, para fazer isso ele deve prestar muita atenção. “Alguns filmes podem ser cortados; outros, não”, advertiu Cláudia, ao destacar que existem casos que necessitam a exibição da obra completa para não perder a unidade do roteiro. Nas histórias que envolvem suspense, por exemplo, uma quebra pode ser prejudicial.
3. A exibição deve ser acompanhada de um debate
Após exibir o filme, uma boa sugestão é fazer uma discussão sobre a obra com os alunos. “O debate é fundamental para a construção do conhecimento”, defendeu a doutora e pesquisadora Cláudia Mogadouro. Se não sobrar tempo para realizar esse debate, o educador pode levantar algumas questões de reflexão e retomar o conteúdo na próxima aula.
Para o técnico de laboratório audiovisual da UFSCar, o debate não precisa envolver apenas questões relacionadas  com o conteúdo do filme. Ele pode estabelecer relações com as matérias trabalhadas em sala de aula. Além disso, também é possível usar a obra para fazer uma discussão sobre a própria linguagem audiovisual, observando a estrutura narrativa, construção do roteiro, cenas e planos de filmagem.
4. As obras audiovisuais podem proporcionar releituras
“O filme é uma obra que tem muitas camadas de leitura. Ele pode ser utilizado para trabalhar com uma série de desdobramentos”, apontou Cláudia. Dentro dessa perspectiva, os educadores podem propor actividades como a reprodução de cenas do filme e a criação de trabalhos de artes plásticas.
Baseado em experiências dos projetos desenvolvidos pela UFSCar dentro de escolas da região, o pesquisador Ribeiro Junior também apontou a possibilidade dos alunos produzirem seus próprios conteúdos audiovisuais. “Isso representa uma forma dos estudantes se apropriarem da linguagem audiovisual”, pontuou. “A participação pode contribuir para a formação de uma visão mais crítica.”
5. A escolha dos filmes deve levar em conta a classificação indicativa
Antes de exibir um filme, os professores devem olhar a classificação indicativa e observar se o conteúdo está adequado para a faixa etária dos seus alunos. Segundo Cláudia, isso também é um instrumento de segurança para o educador. Caso os pais façam alguma reclamação sobre o filme, o professor tem  como afirmar que usou os parâmetros de classificação etária do Ministério da Justiça.
6. As actividades não devem adquirir o peso de uma obrigação
As actividades propostas pelos professores não devem criar nos alunos experiências traumáticas com os filmes. Em nenhum momento a actividade deve adquirir o peso de uma obrigação. ”Se apresentarmos a proposta como um trabalho de casa, assistir ao filme se torna uma tarefa chata”, afirmou Cláudia. Segundo ela, quando o professor pede uma composição sobre a mensagem do filme, por exemplo, ele acaba limitando o aluno de dar a sua opinião e o seu ponto de vista sobre a obra, pois isso passa uma ideia de que só existe uma resposta correta.
“Cada um vai sentir o filme de forma diferente. O audiovisual é polissémico”, explicou. De acordo com ela, antes de propor qualquer actividade é ideal fazer um debate para mostrar para os alunos que cada um pode ter uma opinião diferente sobre o filme e que existem muitos caminhos para entender a obra.
7. As sessões de cinema também podem ser realizadas fora do horário das aulas
Além da exibição de filmes nos horários das aulas, Djalma Ribeiro Junior também mencionou a possibilidade dos professores se organizarem para desenvolverem projectos de cineclubes na escola. Segundo ele, esses projectos ajudam a criar um ambiente de diálogo que incentiva o interesse dos alunos. Eles podem selecionar diversas obras para exibições e discussões dentro da escola. Esses projectos também podem ser abertos para toda a comunidade, integrando pais e moradores locais.
Para saber mais
Para os professores que desejam mais informações sobre o tema, podem ser consultados alguns sites como: Porta CurtasPortal do Professor,Tela BrasilCineducNet Educação e Cinead.
Fonte:
http://porvir.org/porfazer/7-dicas-de-como-levar-cinema-nacional-para-escola/20140715

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Ilustrações incríveis lembram que a mulher é dona do próprio corpo

Como reforçar nas redes sociais a ideia de que a mulher é dona do próprio corpo? A ilustradora mineira Carol Rossetti encontrou no desenho a ferramenta certa para lutar contra o machismo e espalhar ideias que tornam a mulher mais livre, segura e feliz.
Da celulite à opção por não ter filhos, Carol Rossetti usa desenhos e frases certeiras. Mas o feminismo da mulher não é o único tópico a ser abordado pela arte da mineira.
Na sequência, a ilustradora também abordou temas como o racismo e a homofobia. E se esses problemas são universais, nada mais justo do que permitir que falantes de outras línguas compreendam essas belas ilustrações, não é mesmo? Para isso, ela contou com ajuda na tradução para o inglês e o espanhol, entre outros idiomas.
Confira algumas das ilustrações e compartilhe essa ideia!
Carol Rossetti
Carol Rossetti
Carol Rossetti
Carol Rossetti
Carol Rossetti
Carol Rossetti
Carol Rossetti
Carol Rossetti
Carol Rossetti
Carol Rossetti
Carol Rossetti
Carol Rossetti
Carol Rossetti
Carol Rossetti
Carol Rossetti
Carol Rossetti
“Alice gosta de ter sexo casual, porém suas amigas dizem que ela ‘não se valoriza’”; “Alice sabe que sua vida sexual não tem nada a ver com seu valor”.
Carol Rossetti
“Jessica sempre foi magra e fica chateada quando ouve pessoas dizer ‘Homens a sério gostam de curvas’”; “Jessica, seu corpo não é para ‘homens a sério amarem’. Você não tem de fazer nada para agradar a ninguém senão a você”.
Todas as fotos © Carol Rossetti
Fonte:
http://www.hypeness.com.br/2014/07/ilustracoes-incriveis-lembram-que-a-mulher-e-dona-do-proprio-corpo/

Arrancaram Os Trabalhos Para Intervenção Na Casa Do Passal



Acaba de ser montado o estaleiro que servirá de suporte para a realização das obras de consolidação na Casa do Passal, a casa de família de Aristides de Sousa Mendes, o Consul de Portugal em Bordéus que salvou milhares de fugitivos da invasão Nazi em Junho de 1940. 
Aristides de Sousa Mendes, pintado por Olinda Gil


A partir de agora, a Casa do Passal, classificada como monumento nacional, vai ser intervencionada ao nível da cobertura, reforço e estabilização estrutural. As obras incluem a recuperação da cobertura e das janelas da cobertura e toda a parte estrutural de pilares que sustentam a casa. Na parte exterior será feita a picagem das paredes, a pintura, e de acordo com Celeste Amaro, diretora regional deCultura do Centro, “possivelmente, se ainda houver dinheiro, iremos ao resto das janelas, porque interessa-nos fechar a casa».
De acordo com esta responsável, as obras foram adjudicadas por aproximadamente 271 mil euros, e deverão estar concluídas “em dezembro de 2014 ou, o mais tardar, princípio de janeiro.
Fonte:  CM Carregal do Sal,  info@carregal-digital.pt
http://amigosdesousamendes.blogspot.pt/2014/05/obras-na-casa-do-passal-arrancam.html

ARISTIDES DE SOUSA MENDES

Aristides de Sousa Mendes, pintado por Olinda Gil

ARISTIDES DE SOUSA MENDES - O SCHINDLER LUSITANO



Nos períodos negros da história em que há guerra, perseguição e assassínio de pessoas, grupos ou raças, somos confrontados com os valores morais que nos são ensinados no dia a dia, mas que nem sempre conseguimos fazê-los valer. Poucos conseguem aderir às decisões de coragem e de risco em momentos de flagelo da humanidade.Aristides de Sousa Mendes é um desses personagens da história que surgiram para sacrificar a sua vida pessoal em nome de milhares de vítimas da perseguição e intolerância humana. Deve-se a este português a sobrevivência de milhares de judeus durante a perseguição nazista deflagrada na Segunda Guerra Mundial. Ele foi o Schindler ibérico.

Europa em Guerra

Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches nasceu em 19 de Julho de 1885, em Cabanas de Viriato, próximo a Mangualde e a Viseu, em Portugal. Filho de Maria Angelina Ribeiro de Abranches e do juíz José de Sousa Mendes. Licenciou-se ao lado do irmão gémeo César, em direito, pela universidade de Coimbra, aos 22 anos. Em 1908 casa-se com a prima Angelina, com quem iria ter 14 filhos. Ainda muito cedo entra para a carreira diplomática e em 1910 é nomeado cônsul em Demerara, na Guiana Francesa.
O jovem cônsul vê o fim da monarquia portuguesa em 5 de Outubro daquele ano, quando é proclamada a república. Com fortes convicções monárquicas, Sousa Mendes sofreria com as perseguições durante o governo de Sidónio Pais.
A carreira diplomática de Aristides de Sousa Mendes coincide com vários factos históricos que mudaram não só Portugal, como o mundo.
Passa pelo período da I Guerra Mundial (1914-1918) e pela ditadura de Salazar, iniciada na década de trinta e estendida por 41 anos.
Em 1933 Hitler sobe ao poder na Alemanha. Com a ascensão nazi começa a perseguição aos judeus. Em 1938, com o apoio do povo austríaco, a Áustria é anexada à Alemanha. Dando continuidade à expansão germânica, em Setembro de 1939, Hitler invade a Polónia. Em represália, a Grã-Bretanha e a França declaram guerra à Alemanha. Está deflagrada a II Guerra Mundial. Em 1940 a Bélgica, a Holanda, o Luxemburgo e a França são invadidos, iniciando-se o cerco ao povo judeu em todos estes países sucumbidos. O êxodo de judeus, ciganos e outras minorias, acontece pelas estradas desses países.
Em vôos rasantes, caças nazis metralham as estradas onde se encontravam os grupos de fugitivos. Acossados pela perseguição alemã, restam apenas dois países da Europa ocidental para onde os israelitas ainda podem fugir: Espanha e Portugal, que permanecem neutros no conflito.
 A Espanha saía de uma sangrenta guerra civil que vitimara milhares de cidadãos. O governo de Franco tinha tido o apoio dos nazis durante a guerra civil, portanto a sua neutralidade era simpática a Hitler. Franco impediu que os judeus se refugiassem em terras espanholas, não lhes concedendo vistos para entrar no país. Restava Portugal.

Cônsul em Bordéus

Durante a Segunda Guerra Mundial a posição do governo de Salazar sempre foi dúbia, com fortes traços de simpatia ao regime de Berlim. Lisboa tornara-se uma capital aberta aos espiões tanto nazis como aliados. Dali partiam as fugas para o Marrocos, Américas do Sul e do Norte. A lavagem dos bens confiscados aos judeus (obras de arte, jóias) e aos povos conquistados, foram feitas pelos nazis através da Suíça e de Portugal, conforme a história revelaria décadas mais tarde. A alta cúpula da igreja católica fecha os olhos às atrocidades de Hitler. Os exércitos alemães são abençoados pelos clérigos antes de partirem para a guerra. O papa Pio XII seria acusado mais tarde de conviver pacificamente com o governo nazi. O povo israelita é deixado à deriva no continente europeu.
É neste contexto histórico que vamos encontrar, em Junho de 1940, Aristides de Sousa Mendes, cônsul de Portugal em Bordéus, na França ocupada.
Pelas ruas de Bordéus milhares de refugiados judeus buscam os consulados de Portugal e da Espanha.
A esperança era fugir para estes países e de lá embarcar para a América. O consulado espanhol nega a entrada dos refugiados e, consequentemente, nega-lhes os vistos. A esperança está no cônsul português em Bordéus.
Em 16 de Junho Sousa Mendes recebe o rabi Kruger, fugitivo da Polónia ocupada. Promete interceder diante do governo de Lisboa a favor dos milhares de judeus à porta do consulado. Não dá muitas esperanças, pois Lisboa não lhe respondera autorizando a concessão de vistos. Naquela noite decisiva acolhe o rabi e a família em sua casa. Na manhã seguinte Lisboa proíbe o cônsul de conceder vistos aos judeus.
Sousa Mendes sabe que a recusa desses vistos resultaria no fim da única esperança daquele povo fugir aos trabalhos forçados nas fábricas nazis, aos campos de concentração e à morte. Inesperadamente Sousa Mendes avisa ao rabi Kruger que dará vistos a todos. Entre os dias 17, 18 e 19 de Junho, o cônsul português trabalha exaustivamente na concessão dos vistos. Ao lado de dois dos seus filhos, não pára sequer para comer. Nesses três dias cerca de trinta mil vistos foram concedidos, contrariando as ordens de Salazar.
Mas a benevolência e a coragem de Aristides de Sousa Mendes não pára por aqui. Em Bayonne o consulado português obedece às ordens de Lisboa, recusando conceder vistos. Intrepidamente Sousa Mendes desloca-se até Bayonne, e como é superior ao cônsul de Bayonne, ele mesmo passa milhares de vistos a quem ali se dirige. Segue para Hendaye e procede de igual forma. Mais vistos são concedidos.
No dia 24 de Junho Aristides de Sousa Mendes recebe um telegrama de Salazar, a ordenar-lhe que se apresente em Lisboa para responder ao acto de indisciplina por ter concedido vistos abusivos aos judeus. Seria demitido sem direito à aposentação ou à indemnização após mais de três décadas de trabalho na diplomacia do seu país.

Miséria e Desonra

A volta para Portugal é de punição e humilhação para o cônsul. Salazar jamais lhe perdoará o acto de indisciplina. A retaliação aos seus actos é tanta, que Sousa Mendes é impedido de exercer a sua profissão de advogado e os filhos são proibidos de freqüentar a universidade; seu irmão também diplomata, é afastado da profissão. Sem receber pensão do governo, Aristides de Sousa Mendes é remetido à miséria. O palácio do Passal, construído pelos seus antepassados fidalgos, alberga ainda os refugiados judeus que chegam a Portugal mas a miséria leva-o a vender os móveis do palácio e a hipotecá-lo. A Comunidade Israelita de Lisboa auxilia o diplomata com alimentos e possibilita a ajuda a alguns dos seus filhos para que possam ir para os Estados Unidos e para o Canadá. Aristides de Sousa Mendes é condenado à miséria e à desonra.
Com o fim da guerra em 1945, as atrocidades cometidas pelos nazis ao povo judeu vieram à luz. Salazar recebe da comunidade internacional, todas as honras pela concessão dos vistos que possibilitou a sobrevivência de milhares de vidas.
Aristides de Sousa Mendes entra com um pedido de reclamação ao governo português para que o reabilitasse. Mas não lhe é concedida a reabilitação.
 Viúvo desde 1948, morre no dia 3 de Abril de 1954, assistido apenas por uma sobrinha. Todos os seus filhos estavam a viver nos Estados Unidos e no Canadá. Morre no ostracismo e na miséria, sem jamais obter o perdão do governo português.
Em 1967, em Nova Iorque, a organização israelita para a recordação dos mártires e heróis do Holocausto, Yad Vashem, homenageou Aristides de Sousa Mendes com a sua mais alta distinção: uma medalha comemorativa com a inscrição do Talmude “Quem salva uma vida humana é como se salvasse um mundo inteiro”.Salazar impede que a imprensa portuguesa noticie a homenagem. Somente em 1998 o governo português reabilita Aristides de Sousa Mendes. O Palácio Passal continua a ruir, a transformar-se em escombros, apesar de todos os projetos portugueses para restaurá-lo.
A função de um cônsul é ser porta-voz do seu governo e do seu país em terras estrangeiras, não importa que tipo de governo ele representa, democrata ou ditatorial. Segundo a ética kantiana, o dever do homem está acima do seu prazer e do seu bem-estar. Ao ir contra uma decisão do governo do qual era porta-voz, Aristides de Sousa Mendes deixou de ser ético para com o governo do seu país, mas foi ético para com a humanidade, o que prova que nem sempre as morais vigentes que formam os conceitos da ética como ciência são dignas do género humano.
Aqui a frase de Aristides de Sousa Mendes ao rabi Kruger, quando soube da sua demissão naquele verão de 1940, após conceder mais de 30 mil vistos a refugiados judeus e outras minorias perseguidas:

“Rabi, se tantos judeus sofrem por causa de um demonio não-judeu, também um cristão pode sofrer com o sofrimento de tantos judeus...”Apesar de algumas biografias apontarem para uma suposta raíz judaica, tomando-o por cristão novo, Aristides de Sousa Mendes era cristão na mais antiga da sua genealogia. Um cristão velho ao serviço da humanidade.


CRONOLOGIA

1885: Filhos de Maria Angelina Ribeiro de Abranches e do juiz José de Sousa Mendes, os gémeos César e Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches nascem em Cabanas de Viriato, Distrito de Viseu, Portugal.
1907: César e Aristides licenciam-se em Direito na Universidade de Coimbra e depois seguem a carreira diplomática.
1908: Em Portugal, el-Rei D. Carlos e o príncipe herdeiro são assassinados. Aristides casa com a sua prima Angelina; o casal virá a ter 14 filhos.
1910: Aristides é nomeado Cônsul em Demerara, Guiana Francesa. Revolução de 5 de Outubro e proclamação da República Portuguesa.
1911/16: Aristides é Cônsul em Zanzibar, problemas de saúde para toda a família.
1914: Início da I Guerra Mundial.
1916: Portugal entra na I Guerra Mundial a favor dos Aliados.
1918: Termina a I Guerra Mundial com a vitória dos Aliados. Aristides é nomeado Cônsul em Curitiba (Brasil).
1919: Por causa das suas convicções monárquicas, Aristides é castigado pelo governo de Sidónio Pais.
1921/23: Aristides dirige, temporariamente, o Consulado de S. Francisco da Califórnia, cidade onde nasce o seu 10.º filho.
1924: Aristides Cônsul em S. Luís do Maranhão (Brasil). Depois, passa a dirigir, interinamente, o Consulado de Porto Alegre (Brasil).
1926: Aristides regressa a Lisboa para prestar serviço na Direção-Geral dos Negócios Comerciais e Consulares. Em Portugal, revolução militar do 28 de Maio conduzida pelo Marechal Gomes da Costa.
1927: A Ditadura Militar portuguesa nomeia Aristides Cônsul em Vigo.
1928: Salazar Ministro das Finanças.
1929: Aristides é nomeado Cônsul-geral em Antuérpia (Bélgica).
1930: Salazar presidente do Conselho de Ministros.
1936: O rei belga, Leopoldo III, condecora Aristides de Sousa Mendes, decano do corpo diplomático.
1938: Salazar nomeia Aristides de Sousa Mendes Cônsul de Portugal em Bordéus.
1939: A Alemanha de Hitler invade a Polónia, início da II Guerra Mundial.
1940: Contrariando as ordens de Salazar, Aristides de Sousa Mendes, no Consulado de Portugal em Bordéus, passa mais de 30.000 vistos a judeus e outras minorias perseguidas pelos nazis. Salazar condena Sousa Mendes a um ano de inactividade e depois aposenta-o sem qualquer vencimento.
1945: Termina a II Guerra Mundial. Aristides de Sousa Mendes dirige carta à Assembleia Nacional, reclamando (em vão) contra o castigo que lhe fora imposto pelo governo.
1948: Morre Angelina de Sousa Mendes.
1954: Assistido apenas por uma sobrinha, Aristides de Sousa Mendes morre «pobre e desonrado», no Hospital da Ordem Terceira, em Lisboa.
1967: Yad Vashem, autoridade estatal israelita para a recordação dos mártires e heróis do Holocausto, homenageia Aristides de Sousa Mendes com a sua mais alta distinção: uma medalha com a inscrição do Talmude «Quem salva uma vida humana é como se salvasse um mundo inteiro».
1998: A Assembleia da República e o governo português finalmente procedem à reabilitação oficial de Aristides de Sousa Mendes.
Fontes:


segunda-feira, 14 de julho de 2014

14 de Julho de 1789: Revolução Francesa. Tomada da Bastilha.

14 de Julho de 1789: Revolução Francesa. Tomada da Bastilha. Os habitantes de Paris revoltam-se e assaltam a prisão, libertando os presos políticos. Começa a queda do Antigo Regime

Os parisienses desesperados pelas restrições e o imobilismo do rei Luís XVI revoltam-se. À procura de armas, invadem  o Hôtel des Invalides e depois  dirigem-se à prisão da Bastilha. O governador De Launay que possui as chaves da fortaleza é forçado a entregá-las aos insurgentes. Todavia, certos revolucionários conseguem atravessar as muralhas e De Launay ordena que se abra fogo. Mais de 80 parisienses são mortos. No final da tarde, o governador capitula e uma hora mais tarde é fuzilado. A tomada da Bastilha em 14 de Julho de 1789 assinala o ponto de partida da Revolução Francesa, uma década de distúrbios políticos e terror, em que o rei Luis XVI foi destronado e dezenas de milhares de pessoas inclusive a sua mulher Maria Antonieta foram executadas na guilhotina. O símbolo do arbítrio real cai. O Antigo Regime vai chegando ao fim.
A Bastilha foi originalmente construída em 1370 como uma fortificação para proteger as muralhas de Paris contra um ataque dos ingleses. Transformou-se mais tarde numa fortaleza independente e o seu nome “bastide” foi mudado para Bastille. A Bastilha foi utilizada primeiramente como prisão estatal no século XVII e as suas celas foram reservadas para os delinquentes das classes abastadas, para os agitadores políticos e para os espiões. A maioria dos prisioneiros estava ali sem que houvesse um julgamento sob ordens directas do rei. Medindo 35 metros de altura e rodeada por um fosso de quase 3 metros de largura, a Bastilha mostrava-se como uma imponente estrutura no panorama urbano de Paris. 


Por ocasião do Verão de 1789, a França movia-se rapidamente em direcção à revolução. Ocorreu severa escassez de alimentos naquele ano e o ressentimento popular contra o governo do rei Luis XVI transformara-se em verdadeira fúria. Em Junho, o Terceiro Estado que representava a plebe e o baixo clero, declara-se em Assembleia Nacional e clama pela redacção de uma constituição.
 Inicialmente parecendo ceder, Luis XVI legaliza a Assembleia Nacional porém cerca Paris de tropas e demite Jacques Necker, um ministro de Estado popular que defendia abertamente as reformas. Em resposta, multidões começam a manifestar-se nas ruas de Paris comandadas por líderes revolucionários.
Bernard-Jordan de Launay, o governador militar da Bastilha, temia que a sua fortaleza pudesse ser alvo dos revolucionários, tendo solicitado urgentes reforços. Uma companhia de soldados mercenários suíços chegou em sete de Julho a fim de reforçar a sua guarnição de 82 soldados.
O Marquês de Sade, um dos poucos prisioneiros da Bastilha à época, foi transferido para um asilo de loucos após a tentativa de incitar uma pequena multidão que se encontrava em frente à sua janela ao gritar: "Estão a massacrar os prisioneiros; vocês precisam vir e libertá-los." Em 12 de Julho, as autoridades reais transferiram 250 barris de pólvora para a Bastilha do Arsenal de Paris, que era muito vulnerável ao ataque. Launay trouxe os seus homens para dentro da Bastilha, erguendo as duas pontes levadiças.
Em 13 de Julho, revolucionários empunhando mosquetes começaram a atirar aos soldados que montavam guarda às torres da Bastilha e procuraram abrigar-se no pátio da fortaleza quando os homens de Launay passaram a responder. Naquela noite, multidões irromperam no Arsenal de Paris e outro depósito de armas e tomaram milhares de mosquetes. Ao amanhecer de 14 de Julho, uma grande multidão armada de mosquetes, espadas e diversas armas improvisadas começou a reunir-se em torno da Bastilha.
Launay recebeu uma delegação de líderes revolucionários, porém recusou-se a entregar a fortaleza e as suas munições como lhe era exigido. Mais tarde recebeu uma segunda delegação e prometeu não abrir fogo contra a multidão. Para convencer os revolucionários, mostrou-lhes que os canhões não estavam carregados.
Ao invés de acalmar a agitada multidão, a notícia de que os canhões não estavam activos encorajou um grupo de homens a escalar o muro externo, chegar ao pátio interno e baixar a ponte levadiça. Trezentos revolucionários invadiram a fortificação. Os soldados de Launay assumiram uma posição defensiva. Quando a multidão começou a tentar baixar a segunda ponte levadiça, Launay ordenou que os seus homens abrissem fogo. Cerca de 100 manifestantes morreram ou ficaram feridos.
Num primeiro momento, o contingente de Launay mostrou-se capaz de conter e afastar a multidão, contudo mais e mais parisienses convergiam para a Bastilha. Cerca de 3 horas da tarde, chega uma companhia de desertores do exército francês. Os soldados, ocultados pela cortina de fumo de uma fogueira alimentada pelos manifestantes, posicionaram cinco canhões e assestaram como alvo a Bastilha. Diante da circunstância, Launay ergueu uma bandeira branca de rendição numa haste da fortaleza. Launay e os seus homens foram feitos prisioneiros, a pólvora e os canhões foram tomados e os sete prisioneiros da Bastilha, libertados. Ao chegarem ao hotel de Ville, onde a prisão de Launay deveria ser ditada por um conselho revolucionário, o governador da Bastilha foi afastado dos seus acompanhantes por gente do povo e morto.
A Tomada da Bastilha simboliza o fim do Antigo Regime e proporcionou à causa dos revolucionários franceses um irresistível momento. Apoiados pela esmagadora maioria do exército francês, os revolucionários assumiram o controlo de Paris e a partir daí dos arredores, forçando o rei Luís XVI a aceitar um governo constitucional. Em 1792, a monarquia foi abolida e Luís XVI e sua mulher Maria Antonieta foram levados à guilhotina por traição em 1793.
Por ordem do novo governo revolucionário, a Bastilha foi derrubada. Em 6 de Fevereiro de 1790, a última pedra da odiada prisão-fortaleza foi apresentada à Assembleia Nacional. Actualmente, - o dia 14 de Julho – dia da Queda da Bastilha – é celebrado como o maior feriado de França. 
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)

  Tomada da Bastillha  por Jean-Pierre Houël

Prisão do governador da Bastilha Jean-Baptiste Lallemand


"É assim que vingamos os traidores" Gravura de 1789 que mostra os soldados que transportam as cabeças dos responsáveis pela Bastilha, entre eles o Marquês de Launay
Fonte:
http://estoriasdahistoria12.blogspot.pt/2014/07/14-de-julho-de-1789-revolucao-francesa.html?spref=fb