sábado, 14 de dezembro de 2013

Fernando Pessoa - comemoração dos 125 anos do seu nascimento

A minha homenagem a Fernando Pessoa

Fernando Pessoa por Olinda Gil

Exposição documental “Fernando Pessoa - os 125 anos do seu nascimento (1888-1935)”
12 de outubro a 30 de novembro na Biblioteca Municipal

Este ano comemoram-se os 125 anos do nascimento de Fernando Pessoa e a Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos celebra esta efeméride, entre os dias 12 de outubro e 30 de novembro, com uma exposição sobre a vida e a obra daquele que é considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e da literatura universal.

Fernando Pessoa – breve biografia
“Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa, na freguesia dos Mártires, a 13 de Junho (dia de Stº António) no ano de 1888, num prédio em frente ao Teatro S. Carlos, em Lisboa. Em 1893, o pai morre de tuberculose. Dois anos mais tarde a mãe volta a casar com João Miguel Rosa, que será cônsul português em Durban, África do Sul, onde fará toda a sua instrução primária e secundária. Devido à sua capacidade de «outrar-se», cria vários heterónimos (Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Bernardo Soares, etc.), assinando as suas obras de acordo com a personalidade de cada heterónimo.
Colabora em várias revistas e jornais (A Águia, A Galera, Centauro, Contemporânea, Folhas de Arte, O Jornal, Notícias Ilustrado, Portugal Futurista, República, Revista Portuguesa, etc.), publica em livro os seus poemas escritos em inglês e, em 1934, ganha o concurso literário promovido pelo Secretariado de Propaganda Nacional, com a obra Mensagem, que publica no mesmo ano. Faleceu prematuramente em 1935, deixando grande parte da sua obra ainda inédita.”
Fonte:


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O livro "Camaleão, Uma História de Vida" de Rui Teixeira

Um amigo emprestou-me o livro "Camaleão, Uma História de Vida" de Rui Teixeira, há pouco tempo. Ando a lê-lo e devo confessar que tem sido uma agradável surpresa.

O autor é Rui Teixeira e faz parte dos milhares de retornados como eu, aqueles que engrossaram a população portuguesa na década de 70 trazendo agora os seus testemunhos para a História.
Rui Teixeira
Rui Oscar da Silva Teixeira
Nascido a 3 de Outubro de 1965 em Porto Amboim, Angola. É o mais velho de quatro irmãos (um irmão mais velho morreu ainda o autor não tinha completado o primeiro ano de vida). Fez o ensino primário na Escola Primária de Bailundo, tendo saído de Angola no grande êxodo que levou milhares de portugueses e angolanos a atravessar aquele país em direcção à Africa do Sul, em Agosto de 1975. Conheceu a realidade dos campos de refugiados antes de ser repatriado para Portugal em Outubro do mesmo ano.
Residiu um ano em Sesimbra antes de se mudar para Lisboa, onde completou o 11.º ano de escolaridade e frequentou o 12.º. Em 1984 ingressou na Força Aérea Portuguesa como especialista de Polícia Aérea. Residiu na capital até 1992, ano em que, já casado, se mudou para Alenquer, transferindo-se para Beja, onde reside actualmente, em 1996.
Ao longo da sua vida foi escuteiro, fez desporto, dedicou-se à cinotecnia e à canicultura, manteve actividade associativa em colectividades tão diversas como associações culturais e associações de pais tendo, nesse contexto, visto publicados alguns textos seus. É coralista no Coro do Carmo de Beja.
A adesão ao processo RVCC foi o pretexto para o seu primeiro livro. O autor não se assume como um escritor, antes como alguém que tem histórias para contar e que escreveu um livro. É casado e tem um filho.

"A certa altura passámos por um homem, o negro da tez em profundo contraste com a cabeleira alva, olhar perdido como se, através da enorme e multicolor serpente de carros, pudesse vislumbrar outras migrações. Imóvel, encostado a uma velha pasteleira, era a testemunha improvável deste povo que, abandonando a terra prometida, onde corria leite e mel, se lançava ao deserto, para quarenta dias ou quarenta horas de provação, não o sabia decerto o velho, nem tão pouco os integrantes da caravana (...) A caravana passou, o velho ficou, não sei se lá estaria mesmo alguém ou se era apenas África a despedir-se dizendo: vai, não olhes para trás, não voltarás mas nunca me deixarás, esse é o teu legado, a tua herança, a tua maldição." 

"Um dia, entrei na tenda procurando meus irmãos, a família estava toda reunida em volta da mesa, alguns amigos também. Cantaram-me os parabéns e acenderam dez velas espetadas num bolo trazido do exterior por mão amiga. Havia biscoitos e laranjada. E eu chorei, o medo e a raiva, tanto tempo reprimidos, corriam agora livre e incontroladamente, com sabor mais amargo que salgado, o camaleão não conseguia mudar de cor e, o que era pior, não sabia se esta que trazia era a original. Não seria, nunca mais conseguiria reproduzir a cor original, nem ele nem todos os miúdos e graúdos que deixaram farrapos de alma espalhados pelo tempo e pela distância consumidos em direcção a lugar algum. (...) Sete dias depois aterrávamos na Portela, pisávamos, pela primeira vez em toda a nossa vida, o solo sagrado da Capital do Império, retornados, nos chamaram."
O percurso de uma vida, e de outras que com ela se cruzam, ao longo de uma trintena de anos. Um percurso que começa em Angola, passa pelo processo de descolonização e pela adaptação a uma nova vida, marcada pela procura constante de se encontrar em si e nos outros.

Fica aqui um pouco do livro para vos aguçar a curiosidade.

Fontes:
http://www.wook.pt/ficha/camaleao/a/id/14086078
http://www.chiadoeditora.com/index.php?page=shop.product_details&category_id=0&flypage=flypage.tpl&product_id=770&option=com_virtuemart&Itemid=&vmcchk=1&Itemid=1
http://ruiteixeira.portaldaliteratura.com/pt/os-livros-de-ruiteixeira/camaleao-uma-historia-de-vida



Morreu o pintor Nadir Afonso, mestre da abstracção geométrica


Nadir Afonso, que foi um dos introdutores da abstracção geométrica em Portugal, pintou até ao final da sua vida.
“É um dos pioneiros da abstracção geométrica em Portugal, juntamente com Fernando Lanhas e Joaquim Rodrigo. Fazem parte da primeira geração que procurou resgatar no país um verdadeiro processo modernista que ficou sempre adiado depois da morte de Amadeo de Souza-Cardoso”, diz Pedro Lapa, director do Museu Berardo, em Lisboa.
Nadir Afonso morreu nesta quarta-feira, pouco depois de fazer 93 anos, no Hospital de Cascais, disse à agência Lusa a família.
Após ter vivido a infância em Chaves, onde nasceu a 4 de Dezembro de 1920, Nadir Afonso mudou-se para o Porto, onde foi estudar Arquitectura em 1938 na Escola de Belas-Artes. Estudou também em França, na Beaux-Arts de Paris, onde chega em 1946.
Foi da sua geração a figura que mais frutos colheu dos contactos com a vanguarda internacional: “Viveu em Paris. Trabalhou com Le Corbusier, foi colega do [compositor] Xenákis, que também foi arquitecto, foi amigo e colega de Vasarely. Também trabalhou com o Niemeyer em São Paulo. Expôs na Galeria Denise René, centro das vanguardas construtivistas do pós-guerra em Paris.”
À Lusa o pintor Júlio Pomar recordou o "mito" e o "homem-espectáculo" que conheceu nas Belas Artes do Porto. "[Nadir] era particular. Hoje com a banalização do 'personagem artístico' e das suas diferentes aplicações na sociedade contemporânea, tudo está mais classificável. Nós não nos admiramos com o fenómeno Joana Vasconcelos, por exemplo, mas admirávamo-nos com o fenómeno Nadir Afonso, nesses anos, em que durava a Segunda Guerra Mundial", afirmou Pomar, de 87 anos.



Em entrevista ao PÚBLICO, em 2009, Nadir Afonso diria: "Para compreender o mecanismo da criação é preciso ser muito inteligente, está muito bem... [esboça um sorriso mordaz]. Mas se o indivíduo não manipula as formas, se não dá prática efectiva ao pensamento, não consegue compreendê-la. A obra de arte é regida por leis que são apenas apreendidas pela intuição sensível e, isto é muito importante, só quem trabalha as formas, quem desenvolve a sua intuição perceptiva compreende o mecanismo da criação. A intuição desenvolve-se com o trabalho."
Em 2010 visite uma exposição dele em Tomar e apaixonei-me pela sua obra.
Em Tomar, na Galeria dos paços do Concelho, na praça da República, visitei a nova exposição de Nadir Afonso, que apresenta obras presentes no núcleo de Arte Contemporânea, do Museu Municipal Joao de Castilho.
Actualmente podemos encontrar o seu trabalho representado em vários museus em Lisboa, Porto, Rio de Janeiro, São Paulo, Budapeste, Paris, Berlim, entre muitos outros.

Uma oportunidade única de vir ver um dos expoentes maiores do seu tempo. 
Paz à sua alma!
Fontes:



segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Invictus (2009) - Um filme para todos os alunos

FILME


SINOPSE
Recentemente eleito Presidente, Nelson Mandela sabia que a nação continuava racista e economicamente dividida, fruto do apartheid. Acreditando que poderia unir o seu povo através da linguagem universal do desporto, Mandela apelou à seleccção de rugby, que fez uma improvável caminhada até à Final do Campeonato do Mundo de 1995.
FICHA TÉCNICA
Realização
Clint Eastwood
Interpretação
Anthony PeckhamLangley Kirkwood Matt DamonMorgan Freeman Scott Eastwood
Argumento
Anthony Peckham
Ator / Atriz
Adjoa Andoh Julian Lewis JonesLangley Kirkwood Matt DamonMorgan Freeman Scott Eastwood
Fonte:
http://cinema.sapo.pt/filme/invictus

Poster do filme Invictus


sábado, 7 de dezembro de 2013

Mapa Etno-Musical - Viagem a Portugal através da música


De nota em nota, de instrumento em instrumento, de voz em voz, calcorreando o país através das suas tradições musicais. Na bagagem segue o Mapa Etno-Musical, um projecto no âmbito do Instituto Camões e coordenado pelo músico Júlio Pereira. Aqui, os caminhos fazem-se no virtual, conhecendo as sonoridades de Portugal de Norte a Sul, sem excluir os arquipélagos dos Açores e Madeira.



Mapa Etno-Musical português é o nome da iniciativa que pretende guardar para a posteridade, acessivel a todos os interessados, uma parte da música tradicional portuguesa. O projecto, depois de 20 anos de existência em formato papel, ganha agora vida na Internet, através da iniciativa do Instituto Camões (IC).

O músico Júlio Pereira, mentor do projecto, desenhou como capa de disco, que editou no início dos anos 90, um mapa de Portugal, decorado com os instrumentos tradicionais portugueses. Os sons destes instrumentos ganhavam vida no disco, interpretados pelo músico.

Duas décadas passaram e o mapa do país «jardim da Europa à beira mar plantado», como poetizou Tomás Ribeiro, político, publicista, poeta e escritor no período ultra-romântico português, no final do século XIX, foi aperfeiçoado e adaptou-se à geração das novas tecnologias.

Mapa Etno-musical, que continua a existir em papel, está alojado na página online do Instituto Camões. O sítio da Internet mostra-se como um espaço interactivo, um desafio à exploração com as colunas do computador ligadas. Júlio Pereira, autor da iniciativa, em conversa com o Café Portugal, sublinha que o trabalho não pretende ser académico. «Eu não sou musicólogo. O objectivo é revelar curiosidades de forma rápida e que chegue a toda a gente, sem deixar de ser rigoroso», confessa.

Com uma carreira de 30 anos, Júlio Pereira cresceu rodeado pelas notas musicais. Aos sete anos o pai ensinou-o a tocar bandolim. Cresceu e o rock que «não tem nada a ver com bandolim», ganhou espaço, comenta divertido, Júlio Pereira. Contudo, o encontro com certas pessoas no percurso profissional de Júlio Pereira fizeram o músico deslizar, «naturalmente», como gosta de referir, para os sons tradicionais portugueses. Uma obra que o jornalista João Luís Oliva (responsável pela redacção no presente projecto) descreveu em certo momento como «um trabalho de recuperação renovadora dos sons dos instrumentos tradicionais ‘quase perdidos’». «Não estão perdidos e continuam a ser tocados», assegura Júlio Pereira, referindo mesmo que «andamos com uma ideia errada do que se passa pelo país».

Começamos, então, a descoberta neste Mapa-Etnomusical. Um mapa de Portugal povoado de pequenas imagens, todas elas familiares. Nas ilustrações, a cargo de Sara Nobre, vemos ranchos folclóricos do Minho, no Norte ocidental. Mais a oriente os pauliteiros. Descemos e deparamo-nos com os zés-pereiras, o reque-reque e a concertina, sem esquecer os cabeçudos que desfilam muitas vezes ao ritmo destes instrumentos. Rumamos ainda mais a sul, pelo mapa. Este faz uma «divisão geográfica por já desusadas províncias porque pareceu-nos o mais adequado e eficaz, atendendo às particularidades geográficas e sociais de cada região e à permanência dos seus nomes na nossa memória», lê-se na nota introdutória do trabalho. Pelo Baixo Alentejo, conhecemos o tamborilheiro e fogueteiro. Chegamos ao Algarve para ouvir o Leva-Leva, canto entoado pelos pescadores de sardinha, durante a recolha das redes. Antes mesmo de terminar a viagem pelos sons portugueses, voamos até às regiões autónomas, Açores e Madeira.

Cada região é acompanhada por uma descrição, assim como cada som reproduzido é, também ele, acompanhado por uma contextualização onde é explicada a sua utilização, bem como os aspectos físicos. Aproximamo-nos do final de viagem. No regresso trazemos na memória um vasto mundo etno-musical que cabe no pequeno Portugal.
Fontes:


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Estou de luto por Nelson Mandela

Ontem morreu uma das personalidades mais marcantes do século XX
Morreu Nelson Mandela, antigo Presidente da África do Sul. O anúncio foi feito pelo actual Presidente do país, Jacob Zuma: "A nossa nação perdeu o seu melhor filho. O nosso povo perdeu o seu pai".

Mandela por Olinda Gil

Durante os últimos tempos, Mandela esteve a receber cuidados médicos em casa depois de ter estado três meses internado no hospital de Pretória com uma infecção pulmonar grave.
No seu discurso Jacob Zuma afirmou que “a nação amará sempre o líder da luta contra o Apartheid”. “O que tornava Mandela grande era precisamente o que o tornava humano. Víamos nele o que procurávamos em nós próprios”, acrescentou.
Será concedido um funeral com honras de Estado ao primeiro Presidente negro da África do Sul. De acordo com o discurso de Zuma, a bandeira sul-africana vai estar a meia-haste a partir de sexta-feira e até às exéquias do antigo líder.
Mandela morreu em casa aos 95 anos.
Fonte:




quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Exposição de castelos do 6ºA na Biblioteca da Escola

Os alunos do 6º A fizeram trabalhos maravilhosos para poderem levantar as notas da disciplina de História.
Vejam como são uns artistas!
O castelo do Francisco Silva

O castelo do Tiago, da Marta e da Filipa

O castelo do Tomás, do Miguel e da Carolina

O castelo do António
O castelo da Joice

Dois belos castelos dos alunos do 6º A

O castelo da Cátia

O castelo da Cristiana

O castelo do Diogo

O castelo do Gonçalo

O castelo do João

O castelo da Jet

O castelo do Luís


Parabéns! Fizeram castelos dignos de contos de fadas.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Mire de Tibães: Cultura e solidariedade no Mosteiro de Tibães


Cultura e solidariedade juntam-se no Mosteiro de Tibães, de 1 a 15 de Dezembro, numa iniciativa organizada pelo Centro Social de Tibães, que conta com a colaboração da Junta de Freguesia de Tibães e do Grupo FNA (Fraternidade Nuno Alvares). A obra da pintora Olinda Gil está exposta na Sala do Recibo e a venda de um dos quadros da artista irá reverter a favor do Centro Social.
Por estes dias, as pinturas de Olinda Gil dão cor ao Mosteiro de Tibães. Prova disso é o quadro que retrata o Mosteiro segundo as influências da artista, que passou toda a sua infância em África.
“É muito importante para mim estar aqui, pois já dei aulas aqui em Mire de Tibães e vinha aqui ao Mosteiro com os alunos. Gostava muito de vir aqui”, disse a pintora.
Herminio Silva, tesoureiro do Centro Social de Tibães, assegura que este tipo de eventos tem dado resultados positivos.
“Já não é a primeira vez que organizamos eventos deste tipo. Por um lado o Centro Social também aposta na cultura e por outro vamos pedindo aos pintores para que uma parte da venda dos quadros reverta a favor do Centro. Temos tido boas experiências, pois mantemos uma boa relação com o Mosteiro, onde os artistas acabam por gostar de ter as suas obras”, disse.
No dia inaugural da exposição esteve ainda presente José Magalhães, presidente da Junta de Freguesia de Mire de Tibães. “A Junta de Freguesia tinha de se associar a esta iniciativa de âmbito cultural e social. Para além de contribuirmos para uma causa nobre, a de ajudar o nosso Centro Social, devemos continuar a apostar na cultura com iniciativas deste género”, disse o presidente.
Fonte: