sábado, 31 de agosto de 2013

Exposição sobre o pensamento de Leonardo da Vinci reúne obras de várias colecções europeias.

30 anos depois, o Homem de Vitrúvio volta a ser mostrado ao público. A exposição Leonardo da Vinci: O Homem Universal abriu na Galeria da Academia, de Veneza na quinta-feira. Até 1 de Dezembro, mostra 52 obras do artista do renascimento.

Os 52 desenhos expostos são importantes a nível artístico, mas também científico. De entre todos eles, a estrela é O Homem de Vitrúvio, o desenho que Leonardo da Vinci fez do corpo humano com as suas proporções ideais. Este e outros estudos e desenhos da colecção da Galeria da Academia não são mostrados ao público, segundo o museu, desde os anos 80.
Além destes desenhos, a exposição tem ainda outros emprestados pelas colecções do Louvre, da Biblioteca Real de Turim, do Museu Britânico, do Ashmolean Museum e da família real britânica.

A exposição quer ser um olhar sobre o “trabalho de reflexão” deste homem da renascença, disse a curadora da exposição Annalisa Perissa Torriani, à AFP: há estudos sobre botânica, mecânica, óptica, guerra, mas também os esboços de algumas das suas obras mais célebres. “É como se o visitante folheasse o diário pessoal do artista e visse como ele expôs o seu pensamento recôndito”, lê-se no site do Pólo Museológico Veneziano, entidade que agrega os museus da cidade.
Este conjunto de obras “mostra como Leonardo traduzia os seus pensamentos, desde o cérebro até à mão, voltando sempre atrás para corrigir e fazer ajustes”, disse Annalisa à AFP.
Fonte:
http://www.publico.pt/cultura/noticia/o-homem-de-vitruvio-e-exposto-de-novo-em-veneza-1604325#/0

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

CONHEÇA A PEDAGOGIA WALDORF

O QUE SÃO AS ESCOLAS WALDORF

A primeira Escola Waldorf surgiu em 1919, na Alemanha, sob a orientação de Rudolf Steiner. Ela foi criada a pedido de um industrial para atender os filhos dos operários e funcionários da fábrica de que era diretor. Foi uma experiência de sucesso.

Hoje as Escolas Waldorf formam uma rede de ensino em crescimento em todo o planeta, presentes nos cinco continentes. E, embora tenham sido criadas na Alemanha, buscam incentivar e incorporar a cultura do país em que se encontram.

No Brasil, a primeira Escola foi criada em 1956, em São Paulo. A partir de então, o movimento tem se expandido com novas escolas em Aracajú (SE), Belo Horizonte, Botucatu (SP), Brasília, Curitiba, Cuiabá, Florianópolis, Fortaleza, Friburgo, Juiz de Fora, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, entre outras.

Não há administração central; cada Escola é independente. Há, contudo, associações que apoiam o movimento, promovendo cursos e congressos de atualização de professores e muitas vezes, ajuda financeira para escolas de poucos recursos materiais.

A organização administrativa de cada instituição Waldorf também segue o princípio da autogestão. Não há um único dono ou diretor, mas conselhos . Os professores são plenamente responsáveis pelos seus procedimentos pedagógicos, trabalhando sempre em equipe. Cada escola é representada juridicamente por uma Associação sem fins lucrativos , da qual participam professores, pais, e aqueles que sentem afinidade com os seus propósitos educativos e culturais. Esta filosofia, ou tipo de gestão que dela provém, não muda em nada quaisquer responsabilidades pedagógicas, financeiras ou jurídicas. A Escola Waldorf responde a todos estes níveis, como qualquer outra escola.

Os pais e a família têm papel preponderante. Geralmente se entusiasmam pela proposta e colaboram para que ela possa ser viabilizada.

PROPOSTA PEDAGÓGICA

A partir da análise de dimensões específicas do ser humano como o pensar, o sentir e o querer, Rudolf Steiner firmou as bases de uma educação que tende a responder às necessidades atuais e futuras da humanidade. Segundo ele, uma sociedade só pode configurar-se e desenvolver-se de forma sadia e adequada às solicitações da época em que está inserida, se levar em conta as dimensões essenciais do ser humano.

Sobre a base desse mesmo princípio, concebeu a Trimembração do Organismo Social. Para isso, revalorizou os impulsos da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, como diretrizes máximas das diferentes funções sociais. Definiu a Liberdade como o princípio básico que deve reger a vida cultural-espiritual; a Igualdade como alicerce fundamental da questão jurídico-legal e a Fraternidade como sustento imprescindível para a atividade econômica. Na Educação isso significa:

Desenvolver na criança as bases para um pensamento claro e preciso, isento de preconceitos e dogmas, o que leva à liberdade;

Cultivar sentimentos autênticos não massificados e que respeitem os demais, num marco de igualdade de direitos e obrigações;

Gerar uma capacidade vigorosa de sustentar responsavelmente a fraternidade na vida econômica do futuro.

Essa visão do homem e da sociedade alimenta tudo o que é feito nas Escolas Waldorf do mundo inteiro, tanto na ação pedagógica como no que se refere à sua organização institucional de auto-gestão colegiada e interação sócio-comunitária.

CONSTITUIÇÃO HUMANA

No ser humano, encontramos três veículos de expressão: o corpo, as emoções e a mente. A esses três veículos de expressão correspondem três funções: o querer, o sentir e o pensar. Todos esses aspectos precisam ser trabalhados com a mesma atenção para a plena realização do potencial humano. Esse é o objetivo da Pedagogia Waldorf, e por isso ela desenvolveu atividades para cada um daqueles aspectos.

O corpo é educado por meio de atividades práticas como jardinagem, marcenaria, construção, ginástica, trabalhos manuais, entre outras. A educação do corpo, tal como é praticada nas Escolas Waldorf, fortalece também o caráter da criança, pois desenvolve a sua força de vontade, criando nela qualidades como a disposição para enfrentar dificuldades e a perseverança.

As emoções são trabalhadas por meio da arte: música, canto, desenho, pintura, literatura, teatro, recitação, escultura e cerâmica. Por meio da expressão artística, são dadas muitas oportunidades para o refinamento da sensibilidade, e a harmonização de conflitos na área afetiva e social.

A mente é educada por meio da transmissão do conhecimento de forma balanceada e adequada à idade do aluno. Nas Escolas Waldorf busca-se cultivar o sentimento de admiração que as crianças têm em relação à natureza e ao mundo como forma de manter vivo o seu interesse em aprender. Arte e atividades práticas são também instrumentos a serviço das matérias acadêmicas.

Com a educação integrada de todos os aspectos do seu ser, a criança aprende a não dissociar seus pensamentos, sentimentos e ações, podendo tornar-se um adulto equilibrado e coerente.

OS SETÊNIOS

São de conhecimento geral algumas crises básicas na biografia humana: por volta dos 7 anos, a troca de dentes; aos 14, a puberdade; aos 21, a maioridade. Aprofundando a observação dos períodos delimitados por essas crises, Steiner percebeu a qualidade essencial de cada um deles.

Os primeiros 7 anos de vida são dedicados ao conhecimento e amadurecimento do corpo, seus limites e capacidades. A aprendizagem neste período é realizada principalmente por vias inconscientes, baseada

na imitação. A criança estrutura as suas experiências por meio de brincadeiras que brotam da sua imaginação. Em função da saúde física e psíquica, o intelecto e a memória não devem ainda ser solicitados. É preciso primeiro que o corpo físico dê os sinais de sua maturidade e solidez estrutural, o que ocorre por volta dos 7 anos. A virtude básica que a criança precisa ver manifestada ao seu redor é a gratidão pela vida. O mundo é bom!, ela deveria vivenciar.

Dos 7 aos 14 anos, os sentimentos estão se consolidando. São de suprema importância, nessa fase, as atividades artísticas. São então criadas as bases para o comportamento ético: o sentimento de fraternidade para com os semelhantes e de reverência em relação aos mistérios da vida e da natureza. A virtude básica que a criança precisa ver manifestada ao seu redor, nessa fase, é a beleza. O mundo é belo!

Dos 14 aos 21anos, os pensamentos e a visão pessoal do mundo são, então, estruturados de forma abstrata. Surgem as perguntas existenciais. A virtude básica que o adolescente quer ver ao seu redor é a sinceridade da busca de auto-conhecimento dos que o rodeiam. O mundo é verdadeiro!

Como as necessidades de cada fase são equilibradas no currículo da Escola Waldorf?

EDUCAÇÃO INFANTIL

Como foi dito acima, no primeiro setênio o aprendizado se dá grandemente por vias inconscientes. As influências do meio ambiente são absorvidas e incorporadas, através de uma profunda empatia, que aos poucos exterioriza-se em imitação.

As crianças imitam as predisposições psíquicas e mentais dos que os rodeiam, suas posturas corporais, hábitos e atividades que exercem. Fazem isso em brincadeiras: o brincar espontâneo é uma atividade da mais profunda seriedade, é o seu trabalho.

A capacidade de concentração, a acuidade auditiva (sensibilidade musical, saber ouvir o adulto), o desenvolvimento psico-motor, a maturação da lateralidade (base para a escrita), a linguagem, são amplamente cultivados no maternal e no jardim de infância . Estas são habilidades básicas para que o processo de alfabetização, que se inicia em torno dos sete anos, aconteça de maneira harmônica para o desenvolvimento da criança como um todo.

O ambiente e as atividades do maternal e jardim têm como finalidade oferecer as condições necessárias para que o potencial do primeiro setênio seja plenamente realizado, com liberdade e disciplina amorosa. Por esse motivo, o dia segue um padrão ordenado, com repetição de atividades e rotina criativa.

Na Educação Infantil, tentamos reproduzir, tanto quanto possível, a acolhedora atmosfera do lar. A própria composição das turmas assemelha-se a uma família: crianças de idades diferentes – de 2 a 3 anos no maternal e de 4 a 6 anos no jardim - convivem num mesmo grupo. Assim, os menores são estimulados pelos maiores, cujas habilidades almejam adquirir; e os maiores desenvolvem um senso de responsabilidade social, ajudando a zelar pelos menores.

BRINCAR ESPONTÂNEO

Brincar é a aula da criança, momento em que ela estrutura ativamente a vivência que tem do mundo. Todo o ambiente do maternal e jardim é montado em função de permitir brincadeiras criativas e construtivas; panos coloridos para montar cabanas e inventar fantasias; brinquedos artesanais que mais sugerem do que definem, estimulando a imaginação; tesouros da natureza, tais como pedras, conchas, sementes, etc. bonecas de pano e marionetes- tudo em material natural, para a educação do tato. Depois de brincar livremente, todos juntos ordenam a sala e os brinquedos. Quando estão ao ar livre, as crianças brincam de uma forma mais extrovertida, com terra, água, areia, árvores, adquirindo domínio do próprio corpo, exercitando a coordenação motora e a auto-confiança.

BRINCAR DIRIGIDO A PARTIR DE 4 ANOS

Rodas, cantigas e brincadeiras folclóricas, poesias e dramatizações. Aprender a brincar em grupo e a respeitar o outro. Descoberta de movimentos, musicalidade e ritmo. Versos ritmados, movimentos corporais, permeados de musicalidade, trazem conteúdos e imagens que alimentam o universo interno da criança, despertando uma intensa alegria em estar no mundo.

ATIVIDADES ARTÍSTICAS

Vivência de cores, desenho livre, modelagem, culinária, trabalhos manuais, num amplo exercício da motricidade fina, que se faz importante a partir dos 4 anos.

CONTOS DE FADAS

A partir do jardim, o dia é finalizado com um conto de fadas, rico alimento para a alma e a imaginação infantil, pois contém imagens de profunda realidade espiritual, atingindo regiões inexploradas do inconsciente. No maternal ( 2 e 3 anos), as histórias são mais simples, em respeito à peculiaridade desta fase, não se utilizando ainda os símbolos dos contos de fadas.

ENSINO FUNDAMENTAL

Nossa Pedagogia pretende educar o ser humano através da arte. Todo o ensino tem o elemento artístico como base. Através deste elemento procura-se desenvolver o conhecimento, que vai atuar no pensar do aluno de forma abrangente, estimulando seu amor aos outros seres humanos e o respeito pela natureza.

O conteúdo de cada ano é adequado à idade dos alunos. O currículo proporciona à criança uma visão ampla e viva das matérias, além de possibilitar a aquisição de conhecimentos gerais e preparar o jovem para o exercício da cidadania.

Eis aqui um exemplo resumido do currículo das Escolas Waldorf:
Currículo Waldorf Simplificado
1o ano  Introduçã pictóica ao alfabeto, escrita, leitura, poesia e teatro.
 Contos populares: contos de fada, fábulas, lendas.
 Núeros, aritméica, introduçã à operaçõs e cáculos mentais.
 Históias de natureza, construçã e jardinagem.
Trabalho com parte rítmica e para o amadurecimento motor.
Lendas da Natureza para o ensino de ciências.
Trabalho de formas (a reta e a curva; variações)
2o ano  Escrita de imprensa, leitura, ortografia, poesia e teatro.
 Aprofundamento das quatro operaçõs matemáicas e cáculos mentais.
A noção do Tempo: as estações, o dia e a noite, as horas.
Fábulas e lendas da natureza e de Santos.
As diferentes formas de plantio : horta, pomar, jardim etc.
Trabalho de formas (formas com movimentos rítmicos, espelhamentos duplos)
3o ano Escrita, leitura, ortografia, introdução à gramática, poesia e teatro.
Escrita cursiva.
Os primeiros problemas escritos, as contas, os cálculos mentais e as unidades de medida.
Valorização homem através do tema das profissões.
Os povos do mundo e suas casas.
A construção individual da casa.
O trabalho na terra (cereais e hortaliças)


4o ano



















5o ano














6o ano
Lendas sobre os cereais e flores.
Histórias do Velho testamento.
Trabalho de formas (espelhamentos quádruplos e formas com metamorfose)
Ampliação das classes gramaticais, ortografia, poesia e teatro.
Frações, problemas e introdução à geometria à mão livre.
Trabalho de formas (formas celtas cruzadas).
 Mitos nórdicos, história e contos de civilizações antigas.
Geografia e história local e citadina.
Geografia e história regional do Brasil.
Zoologia comparativa.
Redação criativa, leitura, ortografia, gramática.



Números relativos, aprofundamento das frações, problemas, expressões numéricas e potenciação.
Geometria à mão livre – rosáceas - e introdução ao uso de instrumentos.
História e Geografia das Civilizações Antigas: Egito, Mesopotâmia, Pérsia, Índia e Grécia.
História, geografia e folclore das Civilizações Latino Americanas.
Botânica.





Introdução à álgebra, juros e porcentagens e a geometria com uso de instrumentos.
Redação criativa, leitura, estilos de redação, gramática (revisão da morfologia e introdução à sintaxe).
História e Geografia de Roma Antiga e Idade Média.
História do Brasil Colónia.





Finalização da Geografia Geral e Humana das Américas e África
Iniciação à Astronomia.
Iniciação à Geologia
Física (em especial ótica e acústica )


7o ano
























8o ano


Álgebra, Raiz quadrada, Potenciação, Expressões algébricas e geometria.
 História : Renascença, Expansionismo e a História do Brasil ligada ao período renascentista.
A História da Época Moderna: Revolução Francesa e os primórdios da Revolução Industrial.
Redação, morfologia ,sintaxe e leitura de Biografias ligadas à época histórica trabalhada.
 Geografia Geral e Humana da Europa.
Ciências: Física (em especial eletricidade e magnetismo), Química (cal, carbono, calor e metamorfose dos elementos) e Fisiologia (sistemas do corpo humano).







Polinômios, Sistemas de equação, Produtos Notáveis e Geometria.
Redação, sintaxe e trabalho com biografias de vultos contemporâneos e estilos literários.
Geografia Geral e humana da Ásia.
História Mundial da Época Contemporânea.
Ciências: Física (em especial mecânica), Química (ácidos e base, sal e açúcar), e Fisiologia (Esqueleto, órgãos de sentido: em especial olho e ouvido).

TEATRO do 8º ano: processo que leva a um fechamento desse ciclo e utiliza as inúmeras habilidades pictóricas, literárias, musicais, de expressão corpórea, fala, canto e sociais, desenvolvidas ao longo dos oito anos pelos alunos.

Fonte:
http://www.cwbh.com.br/img_materia/2c422f797212be4af65609f995fee873b204638dTeste%20Arquivo.pdf

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Os Retornados Mudaram Portugal

Em 1980 tivemos Os Retornados Estão a Mudar Portugal. Agora, um novo trabalho: Os Retornados Mudaram Portugal.
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OS RETORNADOS MUDARAM PORTUGAL é uma importante síntese dos reflexos causados na sociedade nacional pelo trágico regresso dos portugueses residentes em África nos anos de 1974 e 1975, naquele que constituiu um dos êxodos mais trágicos do Ocidente.
Quase quatro décadas depois, muitas centenas de milhares de portugueses continuam a carregar esse sentimento de amputação, essa saída forçada de uma terra que consideravam sua. Como conseguiram vencer, integrar-se numa sociedade que os olhava com desconfiança e os recebeu com hostilidade? Continuam a trazer África no coração? Esta obra de Fernando Dacosta é porto de abrigo para essas e muitas outras inquietantes perguntas, uma voz dá voz às frustrações, aos anseios, às carências de milhares de outras vozes.

OS RETORNADOS MUDARAM PORTUGAL é uma obra de leitura obrigatória para se compreender a sociedade portuguesa actual.


Os retornados mudaram Portugal
Fernando Dacosta


Ninguém sabe ao certo quantos são. Alguns referem oitocentos mil, outros um milhão e meio. Vieram por barcos e por aviões, golfados em caudais intermináveis de desespero e desamparo. Imobilizaram-se ao frio, ao pudor, ao cansaço. O eco do seu êxodo, sem bíblia nem Israel, condoeu então o mundo. O velho império português retomava cabisbaixo, naufragado, às praias de onde, cinco séculos atrás, partira para uma epopeia de façanhas imorredoiras.

Refeitos os bocados de cada um, ergueram-se e atiraram-se em frente. Chegaram, em pequenos
grupos, a todo o país; e em pequenas ocupações, a todos os sectores. Como novos bandeirantes, colonos uma vez mais, foram para o interior carregando cóleras e pânicos, vinganças e ousadias.
A sua raiva foi a sua força; a anti-fé fê-los mover montanhas, dominar medos, vencer a loucura e o
desamor. E dar provas espantosas de coragem, de persistência, de engenho de invenção. Com ajudas de instituições, de subsídios, de empréstimos, de amigos, começaram a fixar-se e a transformar os locais onde se detiveram.
Fonte:
 

Hoje vou ver o filme “Maria Antonieta” (2006)


Produzido pela Columbia Pictures, “Maria Antonieta” pode ser considerado como o maior clássico dos tempos modernos sobre a trajectória do grande ícone da revolução francesa. Obra prima da directora Sofia Copola (vencedora do óscar de melhor roteiro original por Encontros e Desencontros – 2003), o filme transparece para as telas como um misto de cores alegres e músicas actuais, que oferecem um contraste interessantíssimo com a atmosfera romântica do século XVIII. O roteiro tem por base o best seller da historiadora inglesa Antonia Fraser “Marie Antoinette, The Journey”, que aborda com riqueza de detalhes os anos iniciais da esposa austríaca do apático delfim Luís Augusto, até seu triste fim na guilhotina de Paris. Todavia, não foi intenção de Sofia dar enfoque na morte dela, mas à sua vida repleta de diversão. Atentemos, pois, a esse ponto, para melhor compreendermos o fascínio e o glamour de ser rainha da França.
A primeira cena, que se passa em Viena, nos mostra um pouco da vida quotidiana e a realidade de uma princesa de sangue real, usada como objecto de trunfo no jogo de interesses e relações estatais. Maria despede-se da Áustria querida e parte para um novo reino, que lhe aguardava muitas surpresas e desavenças. Na pele da jovem, temos a já muito conhecida Kirsten Dunst. A sua escolha foi perfeita para o papel, pois além de ter ascendência alemã, Kirsten possui o mesmo tipo de maxilar que vemos nos retratos de Maria Antonieta, incluindo a desenvoltura e porte régio. Não obstante, conseguiu mostrar a inocência de uma adolescente diante de um mundo perverso e decadente, e com um marido incomum.
Cena da chegada da jovem Delfina Maria Antonieta (Kisten Dunst) a Versalhes.
Cena da chegada da jovem Delfina a Versalhes.
Embora fosse de boa aparência, parece que o noivo não se impressionou muito. Como Luís Augusto, temos Jason Schwartzman, representando o desinteresse do delfim por demais frivolidades, incluindo uma esposa que nunca tinha visto. A propósito, cabe ressaltar que muitas das falas dos personagens são baseadas em registros históricos, como quando a Delfina agradeceu ao ministro Chuaseul por ter sido o responsável pela sua felicidade, enquanto ele teria respondido: “e da França”.
Cena com casal de herdeiros (Kirsten Dunst e Jason Schwartzman) no frustado leito conjugal.
Cena com casal de herdeiros (Kirsten Dunst e Jason Schwartzman) no frustado leito conjugal.
 Em todos esses momentos salta aos olhos uma grande gama de cortes quentes e em tons pastéis, com flores e enfeites que passam para a mente do telespectador a sensação de estar vendo uma eterna comemoração. Personagens como a condessa de Noialles (Judy Davis), o rei Luís XV (Rip Torn) e sua amante, madame Du Barry (Asia Argento), constituem um aspecto fundamental nesta parte da trama, pois ao lado de mesdames Tias, Vitória e Sofia (Molly Shannon e Shirley Henderson, respectivamente), representam aquele universo pecaminoso e cheio de intrigas do qual Maria Antonieta jamais se veria livre.
Como maneira de escapar ao tédio e aos boatos que inventavam a seu respeito, a rainha encontrou na princesa de Lamballe (Mary Nighy) e na duquesa de Polignac (Rose Byrne) excelentes companhias. Das duas, Byrne foi a que melhor se acomodou no papel da divertida duquesa, com seu ar de frescor e piadas indiscretas. Nighy transparece uma desenvoltura muito modesta, tal qual a verdadeira princesa demonstrava, e por isso sua presença não é tão destacada quanto Polignac. Sendo assim, estava formado o trio que abalava as noites de mascaradas parisienses. Foi numa ocasião dessas que a Delfina conheceu Leu Beau Fersen (Jamie Dornan), o conde sueco que, acredita-se, foi seu único amante. Até então, ela e o marido não haviam consumado o casamento, para chacota de todos os súbditos que perturbavam a futura rainha com indirectas maldosas, especialmente depois que a sua cunhada, a condessa de Provance, deu à luz um filho homem.
Asia Argento como Madame Du Barry, e Rip Torn como Luís XV.
Asia Argento como Madame Du Barry, e Rip Torn como Luís XV.
Sob esse aspecto, é preciso ressaltar alguns dos erros de licença poética que Sofia Copola incluiu no roteiro, mas que não comprometem muito a trama: o irmão de Luís Augusto, o conde Provance, não se casou antes dele e tampouco teve qualquer filho com a mulher. Na verdade foi o conde D’Artois, o mais novo da família, que foi o primeiro pai entre os irmãos; Maria Antonieta e Luís XVI tiveram ao todo quatro filhos, e não três. O primeiro menino dos dois, Luís José, morreu em 1789, sendo sucedido como herdeiro pelo mais novo, Luís Carlos; a rainha não ganhou de presente o Petit Trianon após o parto de Maria Teresa, mas antes disso; na cena em que a Delfina, a princesa de Lamballe e a duquesa de Polignac estão experimentando roupas novas, nota-se a presença de um par de sapatos azuis da marca All Star (00h55min), talvez inseridos ali como forma de brincadeira.
Sapatos All Star em cena do filme "Maria Antonieta" (2006).
Sapatos All Star em cena do filme “Maria Antonieta” (2006).
Os figurinos, por sua vez, constituem-se num tesouro inestimável, tanto que venceram a categoria no Oscar 2007. Os vestidos em estilo rococó, com suas anquinhas salientes, de tronco justo e em finos tecidos de seda, são a grande atração desse quesito. Os penteados também são fabulosos, principalmente os poufs da rainha, que chegavam a ter um metro de altura. A forma como os cabelos foram empoados, aliados aos trajes, transformam-se em um quadro vivo do século XVIII, de cores saturadas e movimentos enérgicos. Os cenários também demonstram riqueza, sendo um óptimo pano de fundo para as cenas. Como curiosidade, muitas partes do filme foram rodadas em partes restritas de Versalhes, porém a mobília não é original, uma vez que a produção não conseguiu permissão para utilizar dos objetos do palácio, tendo que trazer os seus próprios, que, por sua vez, atendem aos requisitos do período.
Outros aspectos meticulosamente estudados do filme foram a coroação de Luís XVI e a fase campestre de Maria Antonieta, quando ela se recluiu no Trianon para fugir de todo o protocolo da corte. Ali se percebe o abandono do espartilho e a preferência por roupas mais leves e sem grandes adornos, num clima bem pastoril, incluindo representações teatrais no palco do palacete. Até aí tivemos uma excelente impressão da vida privada da rainha, mas como não poderia deixar de ser, as catástrofes da revolução logo se fariam sentir. O filme desmente de forma clara a famosa frase do brioche, assim como mostra a indiferença da soberana às acusações que lhes eram feitas. Com a queda da Bastilha, tivera que mandar seus melhores amigos para longe, a fim de protegê-los. Do grupo que se despede de Antonieta, apenas o conde e a condessa de Provance não deveriam estar ali, pois só fugiram da França em 1791. Nesse momento final da obra, quando dias de luto a fizeram abandonar as cores claras e utilizar com frequência o preto, embargamos numa profunda atmosfera de melancolia.
Cena da família real se protegendo do ataque ao palácio de Versalhes.
Cena da família real se protegendo do ataque ao palácio de Versalhes.
Por essa altura, era completamente odiada, tanto pela nobreza, que não mais lhe mostrava a devida reverência, quanto pelo povo (atentar nesse aspecto para as duas óperas do filme: a primeira em que a Delfina é ovacionada pela plateia, e a segunda, quando os convidados da monarca lhe mostram desprezo). Numa das últimas cenas, confrontamo-nos com a marcha das mulheres do mercado, que partiram para Versalhes exigindo a morte de “madame déficit”. Então, numa demonstração de digníssima majestade, a rainha curva-se para todos na sacada do palácio, emudecendo-os com sua atitude. Depois de tantas queixas, a família real é obrigada a mudar-se para Paris, dizendo adeus para sempre ao seu mundo de conto de fadas. É dessa forma que termina um dos filmes mais imagéticos sobre a mais notória soberana francesa, aludindo acerca dos infortúnios que estavam por vir. Contudo, a escolha de Sofia Copola por não mostrar os anos finais da protagonista é bastante esclarecedora. Sua intensão desde o início era fazer um tributo à imagem daquela mulher, sua vida e seus amores. Com toda certeza, ela conseguiu atingir seus objectivos, trazendo à tona um espectáculo de cores e lugares exóticos. “Uma verdadeira festa à memória de Maria Antonieta”.
Filme completo:
Fonte:
 

domingo, 25 de agosto de 2013

Brinquedos reciclados tiraram 400 toneladas de lixo do oceano no Quénia

Em Nairobi, no Quénia, os moradores decidiram reaproveitar o lixo, criando brinquedos a partir da enorme quantidade de chinelos que vinham pelo mar.
A iniciativa se chama Ocean Sole, emprega cerca de 100 pessoas que já conseguiram reaproveitar mais de 400 toneladas de lixo do oceano.
Vejam como tudo se passa:
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Que lindos!
Fonte:
http://papodehomem.com.br/brinquedos-feitos-de-chinelos-tiraram-400-toneladas-de-lixo-do-oceano-no-quenia/

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O filme Elysium, a luta de classes no futuro

Elysium
Ontem fui ver este filme com o meu sobrinho e gostei bastante.
Sinopse e detalhes

Em 2154, o mundo está dividido entre dois grupos: o primeiro, riquíssimo, mora na estação espacial Elysium, enquanto o segundo, pobre, vive na Terra, repleta de pessoas e em grande decadência. Por um lado, a secretária do governo Rhodes (Jodie Foster) faz de tudo para preservar o estilo de vida luxuoso de Elysium, por outro, um pobre cidadão da Terra (Matt Damon) tenta um plano ousado para trazer de volta a igualdade entre as pessoas.
 
Wagner Moura com Matt Damon numa cena do filme futurista 'Elysium', que estreia esta quinta-feira nas salas de cinema nacionais.
No ano de 2154 a Terra encontra-se superpovoada. Os desfavorecidos vivem no planeta moribundo e os favorecidos habitam uma estação luxuosa, Elysium, a orbitar o planeta. Quando Max Da Costa (Matt Damon) sofre um grave acidente de radiação na fábrica onde trabalha, Max percebe que a sua única salvação é chegar à estação e curar-se. Em Elysium, a Secretária da Defesa Jessica Delacourt (Jodie Foster) não tolera a aproximação de qualquer ilegal; o seu agente na Terra, C.M. Kruger (Sharlto Copley), fará o necessário para se assegurar disso.

 No seu filme, Blomkamp, mostra a sua engenhosa criatividade, retoma questões de segregação racial, a que se juntam as discussões do fosso entre a classe mais rica e a classe mais pobre, problemas da superpopulação, da imigração,  da poluição, da educação e do sistema de saúde.
A concepção de um lugar como Elysium, onde os privilegiados vivem e prosperam, retirada directamente da mitologia grega, coloca ainda sobre o filme uma carga moral e religiosa onde a personagem Max Da Costa funciona como o salvador que irá repor o equilíbrio na sociedade.
 
 Na mitologia grega, o Elísio, ou os Campos Elísios (em grego, Ἠλύσιον πέδιον, transl. Êlýsion pédion) é o paraíso, um lugar do mundo dos mortos governado por Hades, oposto ao Tártaro (lugar de eterno tormento e sofrimento). Nos Campos Elísios, os homens virtuosos repousavam dignamente após a morte, rodeados por paisagens verdes e floridas, dançando e se divertindo noite e dia, descrição semelhante ao céu dos cristãos e muçulmanos. Neste lugar, só entram as almas dos heróis, santos, sacerdotes, poetas e deuses. As pessoas que residiam nos Campos Elísios tinham a oportunidade de regressar ao mundo dos vivos, coisa que só alguns conseguiam.
Um olhar sobre a intemporal luta social entre a classe desfavorecida e a classe privilegiada e um despertar dos mais jovens para a leitura destes temas.
Fontes:
 
 
 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

PLANIFICAÇÃO ANUAL DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL - 6º Ano

Programa de História e Geografia de Portugal - 2.º Ciclo - 6º ano
 


2.4. PORTUGAL NOS SÉCULOS XV E XVI

2.4.1 De Portugal às ilhas e ao Cabo da Boa Esperança
2.4.2 A chegada à Índia e ao Brasil
2.4.3 O Império Português no século XVI








Arquipélagos da Madeira e dos Açores:

· · os traços morfológicos e os cursos de água;
· · o clima e a vegetação natural;
· · recursos naturais, colonização e actividades económicas.
Os territórios na África, Ásia e América:
· · os recursos naturais e as actividades económicas;
· · a diversidade étnica e cultural das populações;
· · colonos, mercadores e missionários.
2.4.4 A vida urbana no século XVI — Lisboa quinhentista
Elementos do estilo Manuelino
 
· · O crescimento da cidade
· · O porto de Lisboa e o comércio
· · A corte e as criações culturais
Conceitos/noções básicas:
· · Expansão marítima
· · Arquipélago*
· · Vento
· · Corrente marítima
· · Meridiano
· · Paralelo
· · Caravela
· · Nau
· · Carta náutica
· · Astrolábio
· · Quadrante
· · Capitania
· · Missionação
· · Colonização
· · Escravo
· · Etnia
· · Migração
· · Emigração
· · Imigração
· · Planta*
· · Situação
· · Monopólio
· · Especiarias
· · Arte Manuelina
ARTICULAÇÃO COM OS OBJECTIVOS GERAIS

— Com o tratamento deste subtema pretende-se que os alunos:
· · relacionem a expansão marítima com factores físicos e humanos, sensibilizando-se para os conceitos de interacção/causalidade;
· · reconheçam o contributo das grandes viagens para o conhecimento da Terra; reconheçam os principais contrastes na distribuição dos elementos naturais, nos arquipélagos da Madeira e dos Açores;
· · reconheçam diferenças nos modos de vida dos povos contactados pelos Portugueses;
· · desenvolvam os conceitos de diferença/contraste através do conhecimento dos modos de vida dos vários grupos sociais da Lisboa quinhentista;
· · distingam diferenças entre este período e a nossa época, sensibilizando-se para o conceito de mudança;
· · reconheçam valores patentes em acções individuais ocorridas no quadro da expansão marítima;
· · desenvolvam atitudes de respeito para com povos de culturas diferentes;
· · reconheçam alterações que a expansão operou em Portugal e noutras regiões do mundo, sensibilizando-se para os conceitos de interacção/causalidade.

 
OBSERVAÇÕES/SUGESTÕES METODOLÓGICAS

INTERPRETAÇÃO/CLARIFICAÇÃO DE CONTEÚDOS E DE CONCEITOS/NOÇÕES BÁSICAS


— Sugere-se que:
· · se efectue o estudo das viagens de exploração altântica de forma sucinta, acentuando-se a progressão espacial e referindo-se a importância dos ventos e das correntes marítimas nas rotas seguidas;
· · se destaque a acção do Infante D. Henriques e de D. João II nas iniciativas de expansão marítimas, e se refiram algumas motivações para a realização das viagens;
· · se seleccione a viagem de Vasco da Gama ou de Pedro Álvares Cabral para exemplificação das condições concretas das grandes viagens marítimas;
· · se localizem os territórios do Império Português no século XVI, evidenciando a posição das ilhas atlânticas relativamente aos continentes europeu, africano e americano;
· · se evidenciem, no estudo dos traços morgológicos dos arquipélagos da Madeira e dos Açores alocalização das maiores e menores altitudes, a disposição do relevo em relação à costa e as características dos cursos de água, referindo os condicionalismos impostos à fixação humana pelo relevo;
· · se evidencie a distribuição da temperatura e da vegetação nos dois arquipéalgos, salientando a existência de variações climáticas regionais;
· · se refiram as condições climáticas regionais;
· · se refiram as condições climáticas e de vegetação que permitiram a fixação de colonos e a intordução de novas espécies vegetais;
 
· · se aborde de forma sucinta a diversidade étnica e cultural das populações dos territórios na África, América e Ásia, destacando as características mais facilmente observáveis realtivas aos modos de vida dominantes;
· · se acentue o papel de colonos mercadores e missionários na dinamização de permutas culturais;
· · se evidencie a situação da cidade de Lisboa em relação ao País e à região e a importância do sítio, referindo o papel das ribeiras e vales que permitiram o crescimento da cidade, bem como a construção de duas cercas sucessivas e a expansão;
· · em direcção ao Terreiro do Paço, Ribeira e Santos;
· · se refiram, de forma sucinta, como aspectos marcantes da vida quotidiana no porto da Lisboa quinhentista: o movimento comerical marítimo, a vida dos burgueses e da gente do mar, a permanência de mercadores estrangeiros, a existência de elevado número de escravos, a movimentação das gentes, a construção naval e as actividades artesanais;
· · se sublinhe a importância da Corte como centro cultural, destacando as principais criações deste período.
TÉCNICAS/ACTIVIDADES

— Sugerem-se, entre outras, as seguintes actividades:
· · continuação da organização do atlas da aula;
· · continuação da construção do friso cronológico;
· · registo, num planisfério, de intinerários seguidos pelos navegadores;
· · observação de mapas com as correntes máritimas e os ventos, e comparação com as rotas seguidas;
· · observação e interpretação de mapas com as áreas do Império Português no século XVI;
· · observação e interpretação de mapas hipsométricos das ilhas;
· · observação de gráficos de temperatura e precipitação, de estações meteorológicas situadas nos arquipélagos;
· · observação e interpretação sumária de mapas com a distribuição da precipitação nas Ilhas e sia comparação com o mapa hipsométrico; museu com testemunhos deste período;
· · actividades multidisciplinares com Língua Portuguesa, Educação Visual e Tecnológica, Educação Musical e Ciências da Natureza.
NÚMERO DE AULAS PREVISTAS — 16
 
2.5 DA UNIÃO IBÉRICA À RESTAURAÇÃO

2.5.1 A morte de D. Sebastião e a sucessão ao trono
2.5.2 O domínio filipino e os levantamentos populares
2.5.3 A revolta do 1.º de Dezembro de 1640 e a Guerra da Restauração

Conceitos/noções básicas:
· · Restauração
· · Motim
ARTICULAÇÃO COM OS OBJECTIVOS GERAIS

— Com o tratamento deste subtema pretende-se que os alunos:
· · reconheçam acontecimentos que produziram alterações em Portugal neste período, sensibilizando-se para os conceitos de interacção/causalidade;
· · reconheçam a acção de indivíduos ou grupo na resistência ao domínio espanhol;
· · reconheçam valores éticos patentes em acções individuais ou colectivas.
OBSERVAÇÕES/SUGESTÕES METODOLÓGICAS

INTERPRETAÇÃO/CLARIFICAÇÃO DE CONTEÚDOS E DE CONCEITOS/NOÇÕES BÁSICAS


— Sugere-se que:
· · se referencie, na abordagem à crise política surgida com a morte de D. Sebastião, a batalha de Alcácer-Quibir e se identifiquem os principais pretendentes à sucessão do Cardeal D. Henrique;
· · se refira a acção de D. António Prior do Grato como tentativa de resistência à invasão de Portugal pelo exército espanhol e à instauração da União Ibérica;
· · se destaquem, na abordagem ao período filipino, a duração da União Ibérica e os motins populares, surgidos no final deste período, como manifestações de descontentamento face ao domínio espanhol e às difícies condições de vida;
· · se baseie o tratamento da Revolta de 1640 na descrição/narração dos principais acontecimentos quie estiveram na origem da subida ao poder de D. João IV;
· · se efectue uma referência à longa duração da Guerra da Restauração e se seleccionem, para descrição e se seleccionem, para descricção/narração, alguns episódios militares deste período.
TÉCNICAS/ACTIVIDADES

— Sugerem-se, entre outras, as seguintes actividades:
· · continuação da organização do atlas da aula;
· · continuação da construção do friso cronológico;
· · análise de árvores genealógicas simplificadas com a ascendência de Filipe II, de D. António Prior do Crato e de D. João IV;
· · observação de um mapa de localização das principais batalhas e das principais localidades fortificadas neste período;
· · análise e comentário de textos e/ou documentos adaptados relativos a este período;
· · observação/leitura e comentário de gravuras, diapositivos, diaporamas, filmes ou banda desenhada relacionados com acontecimentos ocorridos neste período;
· · visita a locais onde existam fortalezas da época, caso esses locais estejam próximos do local onde os alunos vivem;
· · dramatização de episódios relacionados com a restauração da independência, em articulação com as actividades da Área-Escola.
NÚMERO DE AULAS PREVISTAS — 4

2.6 PORTUGAL NO SÉCULO XVIII**

2.6.1 O Império Colonial português do século XVIII
· · A extensão dos territórios
· · Recursos naturais e actividades económicas
· · Os movimentos da população; o tráfico de escravos
2.6.2 A sociedade portuguesa no tempo de D. João V








2.6.3 Lisboa pombalina




Conceitos/noções básicas:
· · Inquisição
· · Cristão-novo
· · Monarquia absoluta
ARTICULAÇÃO COM OS OBJECTIVOS GERAIS

— Com o tratamento deste subtema pretende-se que os alunos:
· · relações entre as formas de organização do espaço português no século XVIII e os elementos naturais e humanos;
· · reconheçam diferenças nos modos de vida dos diversos grupos sociais, sensibilizando-se para os conceitos de diferenças/contraste;
· · estabeleçam diferenças entre este período e a nossa época sensibilizando-se para o conceito de mudança;
· · desenvolvam atitudes de respeito e de solidariedade para com pessoas e povos de culturas diferentes;
· · reconheçam no património cutlural testemunhos deste período, sensibilizando-se para os conceitos de permanência e de mudança;
· · desenvolvam o sentido estético, através da apreciação de criações artísticas e literárias deste período.
 
OBSERVAÇÕES/SUGESTÕES METODOLÓGICAS

INTERPRETAÇÃO/CLARIFICAÇÃO DE CONTEÚDOS E DE CONCEITOS/NOÇÕES BÁSICAS


— Sugere-se que:
· · se evidencie a importância que o Brasil teve neste período, no conjunto das colónias portuguesas;
· · se efectue o estudo dos recursos naturais, relacionando os produtos vegetais, animais e minerais com as suas regiões de origem e pondo em evidência a importância das novas culturas introduzidas em Portugal continental (milho e batata);
· · se refiram as principais actividades económicas, no reino e no Brasil, a partir do estudo de exemplos da vida quotidiana;
· · se relacione a intensificação das correntes migratórias para o Brasil com a cultura do açúcar e a exploração mineira;
· · se caracterize, através de exemplos da vida quotidiana, a sociedadede portuguesa no tempo de D. João V, referindo,n omeadamente, o papel da Inquisição;
· · se identifiquem, a propósito da abordagem da vida quotidiana no tempo de D. João V, exemplos de manifestações de poder absoluto (o fasuto da Corte, as cerimónias públicas e as construções monumentais);
· · se saliente, no estudo da vida em Lisboa no tempo do Marquês, o papel centralizador e o carácter inovador da sua acção do espaço da Lisboa reconstruída.
TÉCNICAS/ACTIVIDADES

— Sugerem-se, entre outras, as seguintes actividades:
· · continuação da organização do atlas da aula;
· · continuação da construção do friso cronológico;
· · construção do planisfério com a extensão do Império Português no século e comparação com o mapa elaborado para o século XVI;
· · localização das principais regiões de produção açucareira e de exploração mineira no Brasil;
· · leitura e interpretação da gráficos e quadros relativos à imigração no Brasil, à produção de açúcar e às remessas de ouro brasileiro para Portugal;
· · análise e comentário de textos e/ou documentos adaptados das sociedades portuguesa e brasileira neste período;
· · observação da planta da cidade de Lisboa reconstruída e comparação reconstruída e comparação com as plantas de épocas anteriores;
· · observação/leitura e comentário de gravuras e diapositivos, filmes ou banda desenhada sobre este período;
· · reconstituição, sob forma plástica, de aspectos da vida quotidiana num genho de açúcar, no Brasil;
· · dramatização de episódios relativos a aspectos da vida quotidiana desta época;
· · elaboração, pelos alunos, de pequenas biografias de algumas das principais figuras deste período;
· · organização de um debate sobre a escravatura;
· · visita de trabalho a um monumento ou a um museu com vestigios da época;
· · actividades multidisciplinares com Língua Portuguesa, Educação Musical, Educação Visual e Tecnológica e Ciências da Natureza.
NÚMERO DE AULAS PREVISTAS — 13

2.7 1820 E O TRIUNFO DOS LIBERAIS

2.7.1 As invasões napoleónicas
· · A saída da Corte para o Brasil
· · A resistência aos invasores e a intervenção inglesa
2.7.2 A revolução liberal de 1820
· O movimento revolucionário
· A acção das Cortes Constituintes
· A independência do Brasil
2.7.3 A luta entre liberais e absolutistas

Conceitos/noções básicas:
· · Guerra civil
· · Cortes Constituintes
· · Constituição
· · Monarquia liberal
ARTICULAÇÃO COM OS OBJECTIVOS GERAIS

— Com o tratamento deste subtema pretende-se que os alunos:
· · reconheçam acontecimentos que produziram alterações na sociedade portuguesa deste período, sensibilizando-se para os conceitos de interacção/causalidade;
· · reconheçam a participação de indivíduos ou de grupos em acontecimentos importantes ocorridos neste período;
· · reconheçam valores éticos patentes em acções individuais ou colectivas.
OBSERVAÇÕES/SUGESTÕES METODOLÓGICAS

INTERPRETAÇÃO/CLARIFICAÇÃO DE CONTEÚDOS E DE CONCEITOS/NOÇÕES BÁSICAS


— Sugere-se que:
· · se efectue uma breve referência ao não cumprimento por Portugal do Bloqueio Continental, relacionando-o com a primeira invasão francesa e a saída da Corte para o Brasil;
· · se refire, de forma sucinta, a resistência aos invasores, identificando-se algumas batalhas, realçando-se a participação das populações na resistência e o carácter violento e de destruição que a guerra assumiu;
· · se efecute uma breve referência ao papel desepenhado pelo exército inglês na luta contra os Franceses;
· · se relacione o defragrar de Revolução de 1820 com o descontentamento face à permanência dos Ingleses em Portugal e à estadia da Corte no Brasil;
· · se efectue o tratamento da Revolução de 1820 de forma sucinta, destacando-se os principais episódios ocorridos e a acção de figuras como, por exemplo, Manuel Fernandes Tomás;
· · se destaque a acção das cortes Constituição de 1822 e os princípios fundamentais da monarquia liberal nela consignados, evidenciando-se a ruptura em relação à monarquia absoluta;
· · se identifiquem personagens relevantes ligadas às posições em confronto.
TÉCNICAS/ACTIVIDADES

— Sugerem-se, entre outras, as seguintes actividades:
· · continuação da organização do atlas da aula;
· · continuação da construção do friso cronológico;
· · registo, numa mapa de Portugal, dos itinerários das invasões francesas;
· · análise e comentário de documentos adaptados relativos a este período;
· · leitura de extractos adaptados da constituição de 1822;
· · observação/leitura de gravuras, diapositivos, diaporamas, filmes ou banda desenhada relacionados com acontecimentos ocorridos neste período;
· · exposição e narração pelo professor e/ou alunos de acontecimentos ocorridos neste período, recorrendo, sempre que possível a episódios significativos relacionados com a região em que os alunos vivem;
· · elaboração, pelos alunos, de pequenas biografias de algumas das principais figuras deste período;
· · dramatização de episódios relacionados com acontecimentos ocorridos com acontecimentos ocorridos neste período, em articulação com as actividades da Área-Escola.
NÚMERO DE AULAS PREVISTAS — 5

2.8 PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX

2.8.1 O espaço português
· · Os recursos naturais e as inovações tecnológicas
· · Distribuição espacial das diferentes actividades
· · Os movimentos da população
2.8.2 A vida quotidiana
· · No campo
· · Nas grandes cidades
Conceitos/noções básicas:
· · Baldio
· · Pousio
· · Indústria*
· · Numeramento
· · Recenseamento
· · Crescimento da população
· · Êxodo rural
· · Mobilidade
· · Operariado
ARTICULAÇÃO COM OS OBJECTIVOS GERAIS

— Com o tratamento deste subtema pretende-se que os alunos:
· · reconheçam os principais contrastes na distribuição das diversas actividades económicas no espaço português, na segunda metade do século XIX;
· · comparem formas de organização espacial do território português em diferentes períodos, sensibilizando-se para os conceitos de mundança/permanência;
· · distinguam diferenças entre este período e a nossa época, sensibilizando-se para o conceito de mudança;
· · relacionem as inovações tecnológicas com as alterações ocorridas na sociedade portuguesa neste período, sensibilizando-se para os conceitos de interacção/causalidade;
· · reconheçam no património cultural testemunhos deste período, sensibilizando-se para o conceito de permanência;
· · desenvolva a sensibilidade estética, através da apreciação de criações artística, através da apreciação de criações artísticas e literárias deste período;
· · desenvolvam atitudes de respeito pela pessoa humana, a propósito da valorização da abolição da escravatura e da pena de morte.
OBSERVAÇÕES/SUGESTÕES METODOLÓGICAS

INTERPRETAÇÃO/CLARIFICAÇÃO DE CONTEÚDOS E DE CONCEITOS/NOÇÕES BÁSICAS


— Sugere-se que:
· · se evidencie a necessidade, sentida neste período, de intensificar o aproveitamento dos recursos minerais do País (carvão, ferro, cobre) e a expansão do cultivo do arroz e da batata;
· · se salientem as transformações no espaço, resultantes do aproveitamento dos recursos minerais e da modernização da agricultura (ocupação dos baldios, substituição do pousio pelo cultivo da batata);
· · se destaque o surgimento das zonas industriais (Lisboa/Setúbal e Porto/Guimarães), em contraste com o conjunto do país agrícola;
· · se evidencie o contributo da máquina a vapor para o desenvolvimento de novas formas de produção industrial;
· · se estabeleçam comparações simples entre as formas de produção artesanal e industrial;
· · se saliente o crescimento da população e a oposição entre o litoral norte, mais povoado, e o resto do País;
· · se explique a importância do êxodo rural;
· · se faça uma breve Abordagem ao grande surto da emigração, principais áreas de saída e países de destino;
· · se indetifiquem as grandes inovações tecnológicas, salientando a implantação e evolução da rede ferroviária e a sua importância para o desenvolvimento das actividades económicas e para a maior mobilidade de pessoas e bens;
· · se comparem os modos de vida dos vários grupos sociais nas grandes cidades (Lisboa e Porto) e no campo, sobretudo no que diz respeito a actividades económicas, alimentação, vestuário, divertimento e cultura;
· · se refira, a propósito da vida quotidiana, o aparecimento de um novo grupo social — o operariado —, a progressiva perda de privilégios da nobreza e o aumento da importância da burguesia;
· · se refiram de forma sucinta, ainda a propósito da vida quotidiana, a importância da abolição da escravatura e da pena de morte, as principais medidas tomadas no âmbito do enisno e algumas obras artísticas e literárias deste período e seus autores.
TÉCNICAS/ACTIVIDADES

— Sugerem-se, entre outras, as seguintes actividades:
· · continuação da organização do atlas da aula;
· · continuação da construção do friso cronológico;
· · construção de um planisfério com a extensão do imnpério na segunda metade do século XIX e comparação com o elaborado para o século XVIII;
· · localização, em mapas, das principais áreas industriais;
· · leitura e interpretação de gráficos e quadros estatísticos relativos à evolução da população portuguesa e à emigração;
· · observação e interpretação de mapas com a distribuição da população em Portugal, neste período período;
· · análise e comentário de documentos adaptados (especialmente obras literárias) e textos relativos a aspectos da sociedade portuguesa neste período;
· · observação e interpretação de mapas com a evolução da rede ferroviária;
· · realização de um debate sobre a pena de morte;
· · observação/leitura e comentário de gravuras, diapositivos, diaporamas, filmes ou banda desenhada sobre este período;
· · dramatização de episódios relativos a aspectos da vida quotidiana;
· · elabotação, pelos alunos, de pequenas biografias de algumas das principais figuras deste período;
· · visita de trabalho a um monumento, fábrica ou museu com vestígios desta época;
· · recolha de materiais diversificados, em trabalhos de equipa e muitidisciplinar, integradoi nas actividfades da Área-Escola, tendo em vista a realização de uma exposição sobre o período em estudo.
NÚMERO DE AULAS PREVISTAS — 14

2.9 A REVOLUÇÃO REPUBLICANA

2.9.1 A acção militar no 5 de Outubro e a queda da Monarquia 2.9.2 A 1.ª República
· · A Constituição republicana
· · As principais medidas no domínio da educação e do trabalho
· · O movimento sindical
· · A instabilidade governativa
Conceitos/noções básicas:
· · República*
· · Alfabetização
· · Sindicato
· · Greve
ARTICULAÇÃO COM OS OBJECTIVOS GERAIS

— Com o tratamento deste subtema pretende-se que os alunos:
· · reconheçam acontecimentos que produziram mudanças significativas em Portugal, sensibilizando-se para os conceitos de interacção/causalidade;
· · reconheçam a participação de indivíduos ou grupos em acontecimentos importantes ocorridos neste período;
· · reconheçam valores éticos patentes em acções individuais ou colectivas;
· · compreendam relações entre o passado e o presente, atravès do reconhecimento de mudanças e permanências.
OBSERVAÇÕES/SUGESTÕES METODOLÓGICAS

INTERPRETAÇÃO/CLARIFICAÇÃO DE CONTEÚDOS E DE CONCEITOS/NOÇÕES BÁSICAS


— Sugere-se que:
· · se identifiquem motivos que levaram à Revolução de 5 de Outubro;
· · se desta quem os principais episódios ocorridos em 5 de Outubro de 1910, a acção popular no apoio aos republicanos e a desorganização do exército fiel à monarquia;
· · se relacione a Revolução de 5 de Outubro com a queda do regime monárquico e a instauração de um regime republicano;
· · se destaque os princípios consignados na Constituição de 1911, que caracterizam um regime de tipo republicano;
· · se refiram algumas figuras relevantes da 1.ª República, nomeadamente António José de Alçmeida é Afonso Costa;
· · Se mencionem, relativamente às medidas tomadas no campo do ensino. o aumento e a gratuitidade da escolaridade obrigatória e a criação de novos cursos;
· · se destaquem, como principais medidas no domínio do trabalho, a institucionalização do direito à greve, de um dia de descanso semanal e as oito horas de trabalho diário;
· · se efectue uma breve referência ao aumento da imprensa operária, ao aparecimento e ou reorganização de associações operárias e intensificação do movimento grevista, como manifestações de reforço do movimento operário.
TÉCNICAS/ACTIVIDADES

— Sugerem-se, entre outras, as seguintes actividades:
· · continuação da construção do friso cronológico;
· · análise e comentário de textos e/ou documentos adaptados relativos a este período, nomeadamente notícias de jornais da época;
· · leitura de extractos adaptados da Constituição de 1911;
· · observação/leitura e comentário de gravura, diapositivos, diaporamas, filmes ou banda desenhada relacionados com acontecimentos ocorridos neste período;
· · leitura e comentário de quadros com dados relativos ao ensino primário, ao analfabetismo e ao movimento grevista.
NÚMERO DE AULAS PREVISTAS — 4

2.10 OS ANOS DA DITADURA

2.10.1 O golpe militar em 28 de Maio
2.10.2 Salazar e o Estado Novo
· · A política de obras públicas
· · As restrições às liberdades
· · A oposição ao Estado Novo
2.10.3 A guerra colonial

Conceitos/noções básicas:
· · Ditadura
· · Censura
· · Liberdade de expressão
· · Oposição política
· · Guerra colonial
ARTICULAÇÃO COM OS OBJECTIVOS GERAIS

— Com o tratamento deste subtema pretende-se que os alunos:
· · reconheçam acontecimentos que produziram mudanças significativas em Portugal, sensibilizando-se para os conceitos de interacção/causalidade;
· · desenvolvam o espírito crítico a partir da análise de actuações concretas de indivíduos ou de grupos;
· · reconheçam valores éticos patentes em acções individuais ou colectivas;
· · reconheçam a necessidade de defesa de valores demcráticos;
· · compreendam relações entre o passado e o presente, através do reconhecimento de mudança e permanências.
OBSERVAÇÕES/SUGESTÕES METODOLÓGICAS

INTERPRETAÇÃO/CLARIFICAÇÃO DE CONTEÚDOS E DE CONCEITOS/NOÇÕES BÁSICAS


— Sugere-se que:
· · se identifiquem motivos que levaram ao golpe militar de 28 de Maio, efectuando uma breve referência a episódios ocorridos e às principais figuras nele envolvidas;
· · se relacione o golpe militar de 28 de Maio com a queda da 1,ª República e a instauração de uma ditadura militar;
· · se efectue referência à acção de Salazar no saneamento financeiro e à política de obras públicas do Estado Novo;
· · se evidenciem, como características da ditadura de Salazar, a ausência de liberdades de expressão e de reunião, a censura prévia, a polícia política, a repressão ao movimento sindical e a existência de um partido único;
· · se referenciem episódios e movimentos organizados de resistência ao Estado Novo, relacionando-os com a restrições às liberdades e as condições de vida.
TÉCNICAS/ACTIVIDADES

— Sugerem-se, entre outras, as seguintes actividades:
· · continuação da construção do friso cronológico;
· · análise e comentário de textos e/ou documentos adaptados relativos a este período, nomeadamente notícias de jornais da época, correspondência, depoimentos escritos fornecidos pelo professor ou recolhidos pelos alunos, individualmente ou em grupo;
· · recolha de dados sobre construções com carácter monumental que testemunhem a política de obras públicas do Estado Novo;
· · recolha de depoimentos orais de familiares e ou amigos sobre a guerra colonial e a resistência à ditadura salazarista;
· · observação de postais, gravuras, fotografias ou filmes que documentem a época.
NÚMERO DE AULAS PREVISTAS — 5

2.11 O 25 DE ABRIL E A CONSTRUÇÃO DA DEMOCRACIA

2.11.1 A acção militar e popular em 25 de Abril
2.11.2 A independência das colónias
2.11.3 A Constituição de 1976 e o restabelecimento da democracia

Conceitos/noções básicas:
· Democracia*
· Descolonização
· Direito de voto
· Poder central
· Governo
· Assembleia da República
· Região Autónoma
· Poder local
· Autarquia
· Câmara Municipal*
· Junta de Freguesia
ARTICULAÇÃO COM OS OBJECTIVOS GERAIS

— Com o tratamento deste subtema pretende-se que os alunos:
  • reconheçam a Revolução de Abril como um conjunto de acontecimento que produziram mudanças significativas em Portugal, sensibilizando-se para os conceitos de interacção/causalidade;
  • compreendam relações entre o passado e o presente, através do reconhecimento de mudanças e permanências;
  • desenvolvam o espírito crítico, a partir da análise de actuações concretas de indivíduos ou de grupos no processo revolucionário;
  • reconheçam valores éticos patentes em acções individuais ou colectivas;
  • reconheçam a necessidade de defesa de valores democráticos.
OBSERVAÇÕES/SUGESTÕES METODOLÓGICAS

INTERPRETAÇÃO/CLARIFICAÇÃO DE CONTEÚDOS E DE CONCEITOS/NOÇÕES BÁSICAS


— Sugere-se que:
  • se identifiquem motivos que levaram à Revolução de Abril;
  • se referenciem, de forma breve, os principais episódios ocorridos em 25 de Abril;
  • se evidenciem a acção de figuras que se destacaram na Revolução de Abril e as movimentações populares de adesão;
  • se destaquem, como consequências do 25 de Abril, o restabelecimento da democracia, descolonização e a Constituição de 1976;
  • se evidenciem como aspectos importantes consignados na Constituição, a garantia dos direitos e liberdades individuais, a institucionalização do poder local e a participação directa e activa dos cidadãos na vida política do País;
  • se identifiquem órgãos do poder local (câmara municipal e junta de freguesia) e órgãos de poder central (Presidente da República, Governo e Assembleia da Republica), distinguindo os órgãos representativos do poder nas regiões autónomas.
TÉCNICAS/ACTIVIDADES

— Sugerem-se, entre outras, as seguintes actividades:
  • continuação da organização do atlas da aula;
  • continuação da construção do friso cronológico;
  • análise e comentário de notícias sobre a Revolução, em jornais de 25 de Abril e dias seguintes;
  • análise e comentário de notícias em jornais da época, sobre a independência das colónias;
  • observação/leitura e comentário de gravuras, diapositivos, filmes e cartzes relativos ao 25 de Abril;
  • audição e comentário de gravações sonoras de acontecimentos ocorridos no dia 25 de Abril;
  • organização de um debate sobre a democracia;
  • leitura e comentário de extractos da Constituição de 1976;
  • recolha individual ou em grupo de materiais sobre a Revolução de 25 de Abril, para a realização de uma exposição a integrar nas actividades da Área-Escola;
NÚMERO DE AULAS PREVISTAS — 6

* Conceitos já abordados no 1.º ciclo.
** Subtema de tratamento mais aprofundado.